Show dos Rolling Stones ao vivo na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro

Satisfação! Essa é a melhor palavra para definir o show dos Rolling Stones em Copacabana!

O show grátis dos Rolling Stones em Copacabana, o único no Brasil na A Bigger Bang World Tour, começou às 21h45 de 18 de fevereiro de 2006, sábado, diante de um público estimado em 1,3 milhão de pessoas na Praia de Copacabana em frente ao Copacabana Palace Hotel e durou duas horas.

Rolling Stones em Copacabana

I can’t get know, satisfaction
— Coro de quase 2 milhões de pessoas durante o show dos Rolling Stones ao vivo na praia de Copacabana!

Rolling Stones ao vivo em Copacabana

A banda chegou ao Rio na madrugada do dia 17 de fevereiro com uma comitiva de 140 pessoas que se dividiu entre o Copacabana Palace Hotel  e o Hotel Excelsior 

No dia 17 houve uma coletiva dos Rolling Stones que deixaram o Rio de Janeiro nodia 19 rumo a Buenos Aires, onde tocou dia 21.

Entre as exigências da banda uma mesa de bilhar no camarim e um restaurante japonêsexclusivo, além de 5 litros de leite de soja, água Perrier, 3 galoes de água destilada, 6 garrafas de Absolut, 2 garrafas de Jack Daniel's, 5 caixas de Corona, 24 garrafas de vinho branco e 24 garrafas de tinto.

O palco e o equipamento de som e luz vieram num Boeing 747-400 de Porto Rico, onde a banda tocou antes de chegar ao Brasil, no dia 11 de fevereiro. A etapa sul americana também inclui o Chile e o Uruguai, o México, volta aos Estados Unidos para quatro shows e, a seguir, Ásia, Oceania e Europa.

Na turnê, a banda tinha 13 músicos. Os Rolling Stones: Mick Jagger (voz e guitarra), Keith Richards (voz, vocal e guitarra), Ron Wood (vocal e guitarra) e Charlie Watts (bateria). No apoio Bernard Fowler, Lisa Fischer e Blondie Chaplin vocais), Darryl Jones (baixo), Chuck Leavell (teclados), Bobby Keys (saxofone), Tim Ries (saxofone), Michael Davis (trombone) e Kent Smith (trumpete).

Veja o set list do show dos Rolling Stones na praia de Copacabana no Rio de Janeiro:

O custo da passagem dos Rolling Stones pelo Rio foi de aproximadamente R$ 10 milhões. O promotor da turnê, em parceria com duas empresas de telefonia e a Prefeitura, não deu o valor exato, mas afirmou que a parte da Prefeitura, a única divulgada, foi de R$1.684.500 - valor correspondente a 16,67% do orçamento do show.

O show, transmitido ao vivo pela Rede Globo, foi gravado para um especial da emissora e para lançamento do DVD da turnê A Bigger Bang, que também terá material da equipe de filmagem do grupo, com oito câmeras.

Assim, os Rolling Stones se juntam ao grupo canadense Rush e ao britânico Iron Maiden em lançamentos live in Rio, ao vivo no Rio de Janeiro, aproveitando a aura que a cidade e o bairro têm no exterior. O show foi aberto pelo grupo AfroReggae e pelos Titãs.

A subsecretária especial de Eventos da Prefeitura, informou que o show dos Rolling Stones teve uma operação logística semelhante à do réveillon , com a interdição do bairro para carros particulares e a mobilização de todo o aparato da prefeitura e efetivo da polícia militar.

Os técnicos da banda estiveram anteriormente no Rio e fizeram todos os estudos de viabilidade para montar na areia o gigantesco palco, que ficou localizado entre as ruas Rua Fernando Mendes  e Rua Rodolfo Dantas , com 27 metros de altura por 70 de largura e 30 de profundidade. Foram colocados 16 telões e nove pares de caixas de delay com uma cobertura de som e imagem por 900 metros de areia (até a altura do Hotel Le Meridien ), além do megatelão da própria banda, que no show utilizou uma língua inflável de 10 metros de comprimento e 443 pontos de luz e efeitos, o palco também tinha um prolongamento móvel de 60 metros para um pequeno palco de 10m por 9m onde tocaram algumas músicas.

O CD dos Rolling Stones, A Bigger Bang, foi lançado no dia 06 de setembro, pela Virgin Records.

Continuando a parceria histórica, Mick Jagger e Keith Richards iniciaram o processo criativo no último outono e depois juntaram-se aos companheiros Charlie Watts e Ron WoodA Bigger Bang traz apenas canções inéditas e é o primeiro álbum de estúdio dos Rolling Stones desde 1997, quando lançaram o platinado Bridges to Babylon.

Enquanto estavam no estúdio gravando o álbum, ano passado, a banda escolheu o título A Bigger Bang refletindo sua fascinação com a teoria científica sobre a origem do universo.

Mick Jagger tem um filho, Lucas Jagger, com a apresentadora de TV brasileira Luciana Gimenez que vive no Brasil com a mãe.

Segundo a revista  "Billboard", a atual turnê mundial dos Rolling Stones, "A Bigger Bang", pode tornar-se a mais lucrativa da história da música.

O show teve início às 21h45 e foi transmitido ao vivo pela Rede Globo.

A apresentação também foi registrada e lançada posteriormente em DVD, com lançamento mundial previsto para o primeiro semestre de 2006.

Como foi:

Os Rolling Stones desembarcaram no Rio em vôo fretado na madrugada do dia 17.

A banda foi embora do Brasil dia 19, às 20h.

Equipe completa de médicos e duas UTIs móveis à disposição durante todo o tempo.

O cenário é exclusivo para o show na praia, inspirado no “clima tropical brasileiro”, com folhagem e flores.

A idéia era passar clima amazônico.

Os camarins do grupo foram montados no salão nobre do Copacabana Palace Hotel  e na sala de visitas do hotel. Cada integrante teve seu camarim, todos do mesmo tamanho e lado a lado. Mick Jagger pediu para que pintassem o seu camarim de “off white”, algo como “gelo”. 

Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood escolheram o preto para as suas paredes.

Ainda dentro do salão nobre foi construída uma “running area”, um corredor todo pintado de preto para Mick Jagger fazer cooper. (Mick não gosta de correr na esteira. Também temia o assédio caso fosse se exercitar no calçadão.)

Ao lado dos camarins, os Stones pediram mesa de sinuca. Um lounge foi construído para o grupo receber convidados.

Para beber na festinha pós-show, cerveja Corona, vinho branco e tinto, água destilada, uísque, água Perrier e refrigerantes.

Os equipamentos dos Stones vieram para o Brasil em dois aviões, um 747 com 100 toneladas e um MD11 com 70 toneladas, além de oito toneladas despachadas por frete aéreo e cinco contêineres marítimos de 40 pés.

Esses equipamentos juntaram-se a 45 toneladas de equipamentos locais de som e 46 toneladas de equipamentos de luz.

Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts ocuparam todo o sexto andar do Copa. Cada um ficau numa suíte presidencial, com 140 metros quadrados e diária a R$ 5 mil, mais as taxas. 

Mick reservou de uma suíte exclusiva para seu filho Lucas, de sete anos.

Quatro Mercedes modelo M500, com vidros pretos, estarão à disposição da banda.

Mick pediu que seu motorista estivesse a postos na porta do Copa a partir do meio-dia. Dentro do carro, o vocalista pediu água mineral sem gás em temperatura ambiente, caixa de lenços de papel, balas de menta, duas canetas e um bloco de anotações.

Além de exigir a montagem de uma cozinha apropriada para a gastronomia japonesa, a banda veio acompanhada de seu próprio chef, que teve cinco assistentes.

Um quadro de avisos discriminou os ingredientes de cada refeição. A equipe tem vários integrantes com rejeição a castanha e glúten, principalmente.

Os bastidores do show viraram filme e DVD.

O filme foi exibido apenas no mercado americano.

O DVD foi lançado mundialmente no segundo trimestre daquele ano.

Como foi o esquema do show

TRANSPORTES - A Secretaria Municipal de Transportes recomendou que a população preferisse os meios de transporte coletivo, como metrô e ônibus, evitando utilizar o automóvel para circular em Copacabana no dia do evento. Para facilitar o transporte da população que assistiu ao show, os ônibus das linhas que atenderam Copacabana tinham o adesivo do evento.

Interdições e mudanças de trânsito no dia 18

Meia-noite - Avenida Infante D. Henrique (Aterro do Flamengo).
7h - Pista da praia em toda a orla de Copacabana.

Das 7h às 12h - Implantação de pista reversível junto às edificações.
12h - Pista junto às edificações, exceto entre a Avenida Princesa Isabel e a Praça Almirante Júlio Noronha.

Bloqueios externos: A partir das 15h foi proibida a entrada de carros em Copacabana, exceto ônibus de linhas regulares, motos, táxis, vans regulamentadas e veículos com autorização de trânsito livre.

Estacionamentos: Os carros estacionados irregularmente foram removidos para o 23º Batalhão Da Polícia Militar, no Leblon. A partir da meia-noite do dia 14 foi proibido o estacionamento de ônibus de turismo nos bairros de Botafogo, Leme, Copacabana, IpanemaLeblon e Lagoa. Os ônibus que servem aos hotéis tiveram tolerância de 15 minutos para embarque e desembarque de turistas.

Ônibus de turismo: Os que chegaram à cidade no dia 17 utilizaram os estacionamentos existentes no Teleporto (200 ônibus) e na Quinta da Boa Vista (400 ônibus). A partir da meia-noite do dia 18, o estacionamento de ônibus de turismo foi feito no Aterro do Flamengo, que tinha capacidade para 800 ônibus. O acesso foi pelo Trevo dos Estudantes, próximo ao Aeroporto Santos Dumont. Depois da lotação destas áreas, os ônibus foram orientados a estacionar no Centro da cidade.

ATENDIMENTO MÉDICO - A Secretaria Municipal de Saúde montou quatro postos de atendimento, três deles abertos ao público (um na altura do Copacabana Palace Hotel, outro próximo à Praça do Lido e um terceiro próximo à Rua Anchieta, no Leme) e um na área vip (atrás do palco). Estiveram à disposição 12 ambulâncias (UTIs móveis), 20 médicos, 10 enfermeiros, 20 auxiliares de enfermagem, além de funcionários de infra-estrutura, de apoio e administrativos, das 18h até o final do show. Ocorreram cerca de 600 atendimentos, menos que no Réveillon. Os casos mais freqüentes neste tipo de evento foram bebedeira, uso de drogas e ferimentos causados por cortes.

GUARDA MUNICIPAL - As ações começaram às 23h do dia 17 e envolveram 510 guardas. Deste total, 380 atuaram durante o show, cobrindo não só o entorno do palco e vias de acesso como os quatro postos médicos, as duas tendas para crianças perdidas e as duas estações do Metrô de Copacabana. Trinta guardas de trânsito cuidaram dos 14 pontos de bloqueio em Copacabana (da Avenida Princesa Isabel à Rua Siqueira Campos). Os agentes da GM-Rio fizeram também um cinturão de segurança motorizado, com oito viaturas distribuídas nas ruas mais próximas ao palco, mantendo ainda três guardas bilíngues junto ao Centro de Comando Integrado, na esquina das Avenidas Princesa Isabel e Atlântica. As viaturas do cinturão estiveram em oito pontos da Avenida Atlântica, nas esquinas com as ruas Paula FreitasRepública do PeruFernando MendesRodolfo DantasDuvivierBelfort Roxo, além das avenidas Prado Junior e Princesa Isabel. Cada veículo contou com três guardas municipais.

Outros 35 guardas atuaram no controle urbano da área, em apoio a fiscais da Diretoria de Controle Urbano, da Secretaria Municipal de Governo. Às 8h do dia 18, mais 65 guardas continuaram com as ações de controle urbano, que visaram minimizar o excesso de ambulantes no local. Às 12h, outros 80 guardas de trânsito reforçaram os pontos de bloqueio, e às 16h, outros 280 fizeram o patrulhamento até o fim do show, já na madrugada do dia 19. A GM-Rio manteve o Disque-Guarda (0800-211532), que funciona 24 horas para emergências.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA - Duas equipes estiveram de plantão para qualquer eventualidade.

DEFESA CIVIL - Atuou preventivamente no esquema de segurança para o show. Os engenheiros e técnicos percorreram a orla de Copacabana vistoriando os prédios e orientando os síndicos sobre a segurança de marquises e fachadas. Na véspera do evento, os técnicos montaram um posto de Defesa Civil Itinerante em Copacabana, próximo à estação do Metrô Cardeal Arcoverde, para dar orientações sobre segurança em grandes eventos. E durante o show 120 profissionais, entre agentes, técnicos e engenheiros, estiveram em pontos estratégicos, tais como palco e posto de comando.

CONTROLE URBANO - A Secretaria Municipal de Governo deslocou para o show 100 agentes de controle urbano, 20 viaturas, 3 caminhões reboque, 1 caminhão baú e 1 caminhão Munck. Foram montados bloqueios em 12 ruas transversais à Avenida Nossa Senhora de Copacabana, para impedir o acesso de ambulantes à orla. As operações noturnas para descobrir material escondido na areia começaram às 23 horas do dia 17. Hove ainda comboios de repressão ao comércio irregular. E estava proibida a venda de bebidas em garrafas de vidro, para evitar acidentes.

COMLURB - O órgão montou um esquema de limpeza com 500 trabalhadores, sendo 400 garis mais motoristas, operadores de máquinas, fiscais e gerentes. A limpeza começou imediatamente após o show, com o apoio de 55 caminhões, três pás mecânicas, três microtratores, três tratores com esteira para limpeza e peneiramento da areia, dois carros-pipa e duas varredeiras mecânicas. A Companhia distribuiu ainda 600 contêineres nas areias de Copacabana, para que o público pudesse depositar o seu lixo.

Coleta de lixo domiciliar: A coleta noturna do lixo domiciliar em Copacabana, que habitualmente é feita aos sábados, foi alterada em função do show. O caminhão da coleta passou no domingo, dia 19, a partir das 9h da manhã. A Comlurb pediu que os moradores depositassem o seu lixo para a coleta apenas neste horário, evitando acúmulo nas ruas.