Rua Otaviano Hudson, Copacabana, Rio de Janeiro
A Rua Otaviano Hudson começa na Rua Tonelero e termina após a esquina com a Rua Maracanaú.
Latitude, Longitude : (-22.9638806, -43.18165580)
CEP da Rua Otaviano Hudson Copacabana, Rio de Janeiro:
22030-030 Rua Otaviano Hudson
#Hashtag: #ruaotavianohudson
Restaurantes na região da Rua Otaviano Hudson
A região é 100% residencial, assim não existe nenhum restaurante por lá, mas perto dela temos alguns exemplares dignos de lembrança como por exemplo o Peixe Vivo na Rua Tonelero, 76 - telefone 22559225 especializado em frutos do mar ele é um clássico restaurante de Copacabana!
Também de frutos do mar é o restaurante A Marisqueira - Rua Barata Ribeiro, 232 - telefone 25473920 e ainda na Barata Ribeiro, 167 você tem o infalível Bob's para um lanche rápido!
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Quem foi Otaviano Hudson que dá nome a esta Rua em Copacabana?
Otaviano Hudson, jornalista e poeta brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro (1837-1886).
Começou a carreira como tipógrafo na Tipografia Nacional.
Autor da obra Peregrinas (1874), publicou ainda durante alguns anos no Jornal do Comércio uma composição poético-satírica intitulada Musa do Povo.
Otaviano Hudson morreu no Rio de Janeiro, aos 49 anos.
O Operário (Fragmentos)
Sobre uma velha enxerga repousa o operário
Doente, sem recursos, exposto ao abandono,
Do leito à cabeceira os filhos recostando-se,
Extorcem-se de fome.
"Papai um pão — papai — exclamam esses lábios
Que a taça do infortúnio estréiam no libar,
"Papai, mamãe é má, o pão mamãe esconde-o,
Pede-lhe o pão — oh! pai!"
E a mulher infeliz, vertendo amaras lágrimas
Como louca vagueia opressa pela dor;
E aos céus conforto roga, ao desespero alívio
Implorando-o debalde!
Quantas vezes, oh! Deus abriu ela o armário
Contemplando-o vazio! e quantas a lareira
Sem nada mais achar, exclama genuflexa:
— Protege-nos oh Deus!
Enquanto atordoado o triste proletário
Revolve-se a gemer e sem poder dormir,
Os míseros filhinhos famintos e esquálidos
Lastimam-se chorando.
A noite desenrola a negra enorme túnica
Sobre áureos palácios e tristes pardieiros,
Em uns quê de folguedos, em outros quê de angústias
Travam-se à sua sombra!
Ai, quanto dissabor esmaga o operário
Quer no leito dolente ou ainda na oficina,
Quanto escárnio, meu Deus, às faces arremessa
Estúpida vaidade!
Tragando humilhações, exposto às intempéries,
À fome, frio, chuvas e outras mil agruras,
Eis do mais inditoso, infeliz operário
Horribile existência!
Novos Sísifos a rolar inglórios
O seixo enorme de um trabalho insano,
Quando tombam no leito — uma trindade abraça —
Miséria, escárnio e dores!
As mãos cheias de calos, as mãos que nobilita
Na lima, no martelo, na serra e na bigorna,
Colhem palhetas de ouro e como as conchas níveas
Pródigas emergem pérolas!
Letras, artes, comércio, indústrias e ciências
Não prescindem do braço invicto do trabalho,
E quando a pátria ultrajam, lá corre o operário
Defende-a te morrer!
Honrando do progresso o prefulgente lábaro,
Na vanguarda marchai dos grandes combatentes
Até que um dia reconquisteis impávidos,
Libérrimos direitos.
O sol que doura os montes espraia os raios ígneos,
Beijando as vossas frontes ungidas de suor;
Quando amortece a flama, no horizonte
atufa-se,
Saúda-te operários