Fizemos dez anos!

Esta semana fizemos dez anos! 3650 dias online contando a história e registrando a memória fotográfica da praia mais famosa do mundo!

Nestes dez anos já fizemos de tudo pelo site, conhecemos muita gente "querendo ajudar", já ajudamos muita gente e finalmente estamos atingindo a maturidade online!

Hoje já temos um conteúdo significativo, prá você ter uma idéia está rolando na TV Globo a série JK e uma das nossas páginas mais visitadas (claro, a mais visitada ainda é a página do Reveillon 2006) já é a da Praça Sarah Kubitchek que conta um pouco da sua história.

Hoje somos considerados o site de referência sobre Copacabana pela Wikipedia (que nos enviam muitos visitantes, todos os dias!).

E se você tiver um pouco de curiosidade sobre como foi a evolução do site nestes 10 anos você pode visitar o Arquivo da Internet que contém várias páginas antigas do nosso site.

Ah, ia esquecendo, perguntaram se o site dá grana? Olha ele, veja nossos parceiros e responda você mesmo!

2006-01-11 16:04:20

Era uma vez... ou como tudo começou

Um belo dia em 1995 eu descobrí o lance do registro e hospedagem de domínios, a hospedagem custava uma grana, U$100 por mês, cada domínio com 20 megs de espaço e 200 megs de tráfego, a licensa de uso (registro) era U$70 por ano (se não me engano, sabe como é memória1.0 é fogo!) mas era tudo caro!

Resolví logo registrar copacabana.com, ipanema.com e leblon.com, mas o ipanema.com tinha sido registrado um dia antes do copacabana.com então não perdí tempo e registrei os dois: Copacabana.com e o leblon.com!

Nesta época nem sabia dos domínios .br...

Aprendí html num tutorial bem básico, fiz uma página simples no bloco de notas e botei no ar! Caramba!!! Eu era dono do bairro onde eu tinha nascido! Pelo menos virtualmente, rsrsrs!

Tinha nascido o copacabana.com!

Ninguém sabia direito o que era internet, quando eu falei prá minha mulher e prá minha mãe que iria botar os comerciantes e negócios, o bairro todo na internet o pessoal me chamava de maluco! No último natal na minha casa quando falei isso na frente da minha família foi aquele clima, tipo: coitado, faliu e pirou mesmo!

Hoje eu começo a pensar que sou um pouco mesmo!

Vinha de uma experiência mal sucedida na insdústria da música, em parte por causa da ousadia sem limites parte pela virada cambial do FHC, mas a verdade é que estava quebrado e precisava de uma saída de curto prazo.

Eu já usava a internet via acesso discado pros EUA desde 1994 através duma conta no Compuserve, e em 95 tinha acabado de instalar o Mosaic 1.0, com imagens igualzinho ao Compuserve só que dava prá criar as próprias telas com um tal de HTML, inclusive com imagens!

Registramos o Copacabana.COM, acho que em 06 de janeiro de 1996, pelo menos este é o dia oficial!

No primeiro dia, nos primórdios da web, já deu visita de direct address, alguém digitando direto no navegador http://copacabana.com desde então já foram muitos milhões de visitantes únicos!

2006-07-22 18:05:02

Um dia, mais uma história para contar

-...inferno!
-Liga o ventilador. Tá funcionado?
-Faz um esporro danado.
-É isso ou ficar reclamando no meu ouvido.

Noite de muito calor no pequeno conjugado. Copacabana tem das suas vantagens. Imóveis baratos, supermercado perto, fármacia, cinema, praia, ônibus, sexo, cerveja e principalmente poder dizer que está na Zona Sul, em uma área que de nobre sobrou apenas o nome. Mas nada disso compensa esse calor. Não dá nem para lembrar quando fez frio nesse Rio de Janeiro...


-...inferno!
-Liga o ventilador. Tá funcionado?
-Faz um esporro danado.
-É isso ou ficar reclamando no meu ouvido.

Noite de muito calor no pequeno conjugado. Copacabana tem das suas vantagens. Imóveis baratos, supermercado perto, fármacia, cinema, praia, ônibus, sexo, cerveja e principalmente poder dizer que está na Zona Sul, em uma área que de nobre sobrou apenas o nome. Mas nada disso compensa esse calor. Não dá nem para lembrar quando fez frio nesse Rio de Janeiro.

Ventilador barulhento, louça acumulada na pia, banheiro completamente molhado, roupas para todo lado, livros e discos espalhados e uma pilha de jornal que data de tempos atrás no canto da cozinha. Fotos na parede, revistas em quadrinhos, filme para devolver na locadora desde anteontem, geladeira vazia, chão acumulando poeira de dias. Cama desarrumada, cinzeiro cheio, latas de cerveja dispostas em pontos nem um pouco estratégicos pelo recinto. Cheiro de loção de barba no banheiro. É o típico apartamento de um solteiro.

Renata já havia vindo ali antes. Umas duas ou três vezes, o suficiente para começar a dar seus palpites na decoração e funções do pequeno cubículo onde Eduardo se espremia para viver, pelo menos até completar a faculdade, começar a trabalhar e tudo mais. Juntar o suficiente para alugar algo maior. O principal motivo era a falta óbvia de espaço que já não aguentava mais. A presença de Renata já era motivo de sobra para pensar nisso.

No começo era só pelo estudo, mas Eduardo descobriu que o Rio de Janeiro poderia lhe dar muito mais que educação. Mendes, sua cidade natal ficou pequena demais para sua sede de ambição. A antiga morada no Beco do Socorro era um refúgio e lembrança, saciada nos raros finais de semana em que ia visitar sua família.

-Bem melhor, viu? E nem tá fazendo esse barulho todo.
-Tá, tá...
-Por que não compra um ar condicinado?
-Como?
-Pede pro teu pai.
-Não, já basta ele pagar a faculdade e agora eu vou ficar pedindo ar condicionado para ele?
-Mas ele pode te dar.
-Eu não quero pedir.

Seu Jorge não era pão duro, pelo contrário, dava muito valor a tudo que conquistara. Queria que Eduardo tivesse ficado por ali mesmo ajudando nas vendas do bar. Mas quando seu filho bateu o pé e disse que ia ser arquiteto os olhos do velho português se encheram de planos. Já imaginava Eduardo contruindo casas, prédios e tudo mais. Via que sua prole poderia realmente dar muito mais dinheiro que atrás do balcão.

-Teu pai ligou.
-Você atendeu o telefone?
-Ué, tocou e atendi, por que?
-Tá, e o que ele falou?
-Bravo ele.
-O que foi que ele disse?
-Perguntou onde você estava e quem era eu. Pensei que tinha falado de mim para seus pais.
-Falar o que? A gente se conhece não faz nem um mês...

Voltaram ao que estavam fazendo como se aquela discussão nunca tivesse acontecido. Ou Renata percebeu que fizera algo errado ou Eduardo finalmente se deu conta que estava amando.

Leia outras no blog Moro Em Copacabana no Blogger.

2006-07-25 14:31:54