Como usar o Wi-Fi público de modo seguro em Copacabana?

É claro que a Princesinha do Mar segue charmosa e receptiva com os turistas de diversas origens no século 21. Mas muita gente vinda de dentro e de fora do Brasil pode perceber desafios únicos à cibersegurança impostas a turistas que querem se conectar às redes sem fio da praia mais famosa do Rio.

A questão nem de longe é a ausência de pontos de internet Wi-Fi num dos mais boêmios bairros cariocas. Não é preciso andar tanto pela vasta faixa de praia ou nos arredores urbanos, entre quiosques de praia e lobbies de hotéis e as diversas opções de restaurantes, bares e cafés, para encontrar uma opção para se conectar.

Infelizmente, o problema é a incidência de golpes que visam quem usa redes de internet sem fio gratuitas. Não é um mal exclusivo de Copacabana, nem mesmo do Rio – e sim um problema que acomete qualquer destino turístico e grande metrópole, por onde transitam grandes quantidades de pessoas.

Por que redes Wi-Fi abertas são visadas?

Consumidores de estabelecimentos comerciais e hóspedes de hotéis são alvos fáceis para criminosos em redes sem fio públicas.

Por estarem com pressa entre passeios ou compromissos, ou por serem estranhos desfrutando de alguns dias num local que não conhecem bem, essas vítimas são exatamente o tipo de pessoa que demora horas ou dias até perceber algo estranho em seus dispositivos, caso eles sejam violados.

Com a alta rotatividade de ambientes com redes de internet grátis, a atitude lógica dos criminosos é ficar de tocaia e tentar acumular a maior quantidade de incautos possível em sua “teia”.

Medidas protetivas em Wi-Fis públicos

Felizmente, é possível se precaver durante uma conexão a uma rede Wi-Fi aberta tomando algumas medidas.

Confirme o nome da rede antes de se conectar

Pode parecer bobagem, mas confirmar nome e senha da rede Wi-Fi com o proprietário do espaço que a cede pode evitar grandes problemas. Vigaristas de plantão fazem de tudo para enganar suas vítimas, inclusive ajustar o nome de redes falsas para que se pareçam com o nome da rede legítima.

Desligue a autoconexão

Não basta abrir a lista de redes próximas e não se conectar à que primeira oferecer acesso por tentativa e erro. É recomendável configurar celular, tablet ou computador antes de viajar para que não se conecte automaticamente às redes Wi-Fi do entorno. Mantenha a configuração assim, desligada, até o fim da viagem por precaução.

Use uma VPN

Um serviço de VPN é uma opção barata e eficaz para aumentar a privacidade e a segurança numa rede sem fio. Ele criptografa todas as comunicações, “blindando” o tráfego online contra terceiros. Antes de aderir a um serviço do tipo, é recomendável fazer um teste grátis da melhor VPN, visto que a oferta desse serviço é ampla e variada.

Ative firewall e antivírus

O firewall é uma camada de segurança muito bem-vinda embutida em computadores. Numa máquina Windows, basta acessar “Painel de Controle”, e então “Sistema e Segurança”. Lá, selecione “Windows Firewall”.

Nos computadores Mac, dirija-se a “Preferências de Sistema”, e então “Segurança & Privacidade” – onde encontrará a aba “Firewall” para ativar.

Além disso, mantenha um programa de antivírus ativo, inclusive em celular ou tablet. Uma boa ferramenta desse tipo muitas vezes vai disparar um alerta em caso de ameaça detectada.

Use autenticação em dois fatores

Ativar a opção de autenticação em dois fatores é uma ótima maneira de adicionar uma barreira de acesso a eventuais invasores de seus dispositivos. Seja na conta do e-mail, no aplicativo do banco ou em outro serviço digital, é uma boa solução. Na eventualidade de sua senha e usuário serem expostos, você ainda terá o controle sobre outro aparelho para gerar um token momentâneo – algo difícil de ser controlado por fora.

Conhecendo os perigos mais comuns em Wi-Fis abertos

Listamos abaixo os 4 principais riscos ligados à conexão a redes abertas. Também descrevemos brevemente a mecânica de cada uma delas.

Roubo de identidade e tomada de contas

Ao não usar uma VPN, uma rede Wi-Fi pode revelar a um criminoso experiente dados sensíveis como localização recente, interesses pessoais, trabalho, estado civil e informações financeiras.

Em posse desses dados, os golpistas podem se passar pela vítima para perpetuar fraudes contra terceiros e queimar sua reputação. Nos piores casos, a vítima pode ter dados cruzados com senhas vazadas na dark web e ter contas de serviços virtuais, como e-mail e redes sociais, invadidas pelo agente daninho.

Infecção por vírus

Criminosos são capazes de injetar malware (vírus) em elementos como anúncios em sites aparentemente inofensivos. Clicar nesses elementos leva à infecção da máquina com um vírus, o que pode comprometer o dispositivo de diversas maneiras ou propiciar o roubo de credenciais de serviços digitais importantes da vítima.

Perda de controle do dispositivo

Uma das consequências de uma infecção por vírus ou ataque phishing (ver abaixo) pode ser a perda de controle do dispositivo para o criminoso. Acessando-o remotamente, ele poderá acessar todas as contas logadas nele e também cercear o seu controle sobre o aparelho.

Ataques phishing

Os ataques phishing consistem em fraudar mensagens, imagens e comunicações em geral de marcas, pessoas e autoridades confiáveis para persuadir a vítima a clicar num destino malicioso. Também pode ter como objetivo colher informações sensíveis, como senhas, códigos de autenticações e outros.

Essas investidas podem ser bem-feitas e difíceis de detectar, na forma de e-mails, mensagens de texto ou anúncios formatados quase à perfeição. Além da precaução em clicar ou fornecer informações enquanto acessa o Wi-Fi público, redobra-se a segurança usando VPN e antivírus para barrar eventuais ameaças.