Avenida Borges de Medeiros, no Leblon, Rio de Janeiro 

A Avenida Borges de Medeiros, começa na altura do Viaduto Humberto Vital de Mello na Lagoa, com cruzamento na Rua Mário Ribeiro e com limite sul na Avenida Delfim Moreira.

Latitude, Longitude : (-22.9789899, -43.2174565)

 CEP da Avenida Borges de Medeiros, Leblon, Rio de Janeiro:

22430-042 Avenida Borges de Medeiros - até 1098 - lado par

22430-041 Avenida Borges de Medeiros - até 1111 - lado ímpar

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Restaurantes na região da Avenida Borges de Medeiros

  • am pm - Avenida Borges de Medeiros, 3151 - telefone 2539-1289

  • Amigos da Laguna Restaurante Bar - Avenida Borges de Medeiros, 3207

  • Bar Lounge San Remo - Lagoon  - Avenida Borges de Medeiros, 1424 - telefone 2244-9628

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Quem foi Borges de Medeiros que deu nome a esta Avenida no Leblon?

Antônio Augusto Borges de Medeiros nasceu em Caçapava do Sul (RS), em 1863.

Advogado, iniciou seus estudos universitários na Faculdade de Direito de São Paulo em 1881, tomando contato com as idéias positivistas de Augusto Comte e tomando parte ativa no Clube Republicano Acadêmico. Em 1885, bacharelou-se na Faculdade de Direito de Recife, para onde havia se transferido no ano anterior.

Borges de Medeiros

Em seguida, voltou ao seu estado natal para exercer a advocacia em Cachoeira do Sul.

Ali, continuou sua militância política e logo tornou-se o chefe local do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), agremiação liderada por Júlio de Castilhos. Com a Proclamação da República, em 1889, foi imediatamente nomeado delegado de polícia da cidade e, no ano seguinte, integrou a bancada gaúcha na Assembléia Nacional Constituinte de 1890/1891.

Com a eclosão, no Rio Grande do Sul, da Revolução Federalista em 1893, que pretendia afastar Floriano Peixoto da presidência da República, Borges combateu ao lado das forças legalistas, o que lhe valeu a patente de tenente-coronel do Exército, concedida por Floriano.

Em 1898, foi indicado por Júlio de Castilhos para sucedê-lo na chefia do governo estadual, cargo para o qual seria reeleito em 1902 ainda por indicação de Castilhos. Somente após a morte desse último, em 1903, Borges assumiu de forma definitiva a liderança do partido, que conservaria de forma absoluta por mais de duas décadas.Seu comando sobre o PRR foi efetivo mesmo durante o tempo em que se afastou do comando do executivo estadual para dedicar-se à agricultura, entre 1908 e 1913. Ao voltar ao governo gaúcho nesse ano, promoveu a estatização de serviços públicos, como o transporte ferroviário e obras portuárias, até então a cargo de companhias internacionais. Ao mesmo tempo, atraía para o estado grandes frigoríficos estrangeiros ( Armour e Swift ).

Em 1917 reelegeu-se ao governo do estado. Em 1922, apoiou a candidatura oposicionista de Nilo Peçanha à presidência da República, lançada pela Reação Republicana, contra Artur Bernardes, apoiado por mineiros e paulistas. Bernardes venceu o pleito, mas no Rio Grande do Sul a vitória coube à Reação Republicana por larga diferença. Ainda em 1922, Borgesvoltou a apresentar seu nome para uma nova reeleição ao governo gaúcho.As eleições realizaram-se em clima agitado. Distribuíram-se contingentes da Brigada Militar para os locais em que havia mesas eleitorais. O voto então não era secreto. Em Alegrete, no interior do Estado, foi assassinado um representante da oposição, o Coronel Vasco Alves. Em Santa Maria, a polícia impediu o acesso de eleitores a locais de votação. Havia acusações de que eleitores borgistas conduzidos por veículos oficiais votaram diversas vezes com títulos de pessoas falecidas - exatamente quando a vitória de Assis Brasilatingia 70% sobre a votação dada a Borges de Medeiros. Mesmo na capital federal surgiram boatos de que a Comissão de Constituição e Poderes, à qual cabia a apuração, se dirigira ao Presidente do Estado para dar-lhe ciência da derrota, mas quando foi recebida pelo Dr. Borges se transformara em portadora de votos de felicitações, não lhe transmitindo a desagradável notícia. Depois disso, prosseguiam os murmúrios, se recorrera à alquimia eleitoral, à manipulação das cifras, à anulação das atas. No local de apuração dos votos não foi permitida a presença de representantes da oposição, sob a alegação de haver sido derrogada a disposição eleitoral que previa intervenção dos fiscais de qualquer candidato.

Ao final, efetivou-se a vitória de Borges de Medeiros, apesar dos protestos. Antes da posse, porém, já uma parte da oposição se levantara em armas.

Dessa vez, porém, a oposição, liderada por Joaquim Francisco de Assis Brasil, apresentou-se mais forte, já que contava com o apoio do governo federal comandado por Bernardes e beneficiava-se com a insatisfação de muitos fazendeiros atingidos pela crise da pecuária, principal atividade econômica do estado. Realizado o pleito, Borges obteve a vitória mais uma vez, que, contudo, foi contestada pelos partidários de Assis Brasil que acabaram recorrendo ao confronto armado, deflagrado em janeiro de 1923. O conflito se estendeu por todo o ano e somente no mês de dezembro as facções em luta chegaram a um acordo, oficializado no Pacto de Pedras Altas. Por esse acordo, a oposição aceitava o novo mandato de Borges de Medeirosque ficava, porém, impossibilitado de buscar uma nova reeleição.De Carazinho, no norte do Estado, o deputado Artur Caetano telegrafou a Artur Bernardes comunicando achar-se à frente de 4 mil revolucionários dispostos a só largar as armas quando Borges de Medeiros deixasse o poder, a não ser que o Presidente da República resolvesse intervir para reintegrar o Rio Grande no sistema constitucional da União.

Embora o governo federal tivesse contas a ajustar com Borges de Medeiros, que negara apoio à candidatura de Artur Bernardes, viu-se obrigado a reconhecer como válida a eleição do poderoso adversário e ex-correligionário. Recusou a fórmula conciliatória de um tribunal arbitral para a apuração e em mensagem de 3 de maio de 1923 alegou não existir dualidade de poderes que justificasse uma intervenção, havendo perante o poder executivo central apenas um governo reconhecido pelo poder competente e declarou achar-se diante de uma situação que o obrigava ao respeito da autonomia do Estado, salvo mudança ulterior do aspecto da questão.

Em 1924, Borges enviou efetivos da Brigada Militar gaúcha para combater o levante tenentista deflagrado, naquele ano, na capital paulista contraBernardes. Logo, porém, foi obrigado a enfrentar rebeliões semelhantes em seu próprio estado quando guarnições do Exército localizadas em cidades do interior se sublevaram sob o comando do capitão Luís Carlos Prestes.

Cumprindo o acordo de Pedras Altas, Borges afastou-se do governo gaúcho em 1928. Comandou, entretanto, o processo de sua sucessão, indicando o nome de Getúlio Vargas para substituí-lo. No decorrer de 1929, as articulações em torno das eleições presidenciais do ano seguinte levaram à ruptura entre mineiros e paulistas que, de acordo com a chamada "política do café com leite", vinham detendo a hegemonia sobre a política nacional nas décadas anteriores. Contrariados pela indicação do paulista Júlio Prestes como candidato situacionista à sucessão do também paulista Washington Luís, os mineiros decidiram articular uma chapa de oposição encabeçada por um gaúcho - Borges de Medeiros ou Getúlio Vargas.O próprio Borges, entretanto, optou pelo nome de Vargas. Formou-se, então, a Aliança Liberal. A campanha eleitoral foi a mais concorrida da República Velha, com grandes comícios sendo realizados em várias capitais brasileiras. Realizado o pleito em março de 1930, Júlio Prestes foi declarado vencedor.Borges pronunciou-se a favor do reconhecimento do resultado, declarando-se contrário qualquer tentativa de questioná-lo pelas armas. Dentro da Aliança Liberal, contudo, ganhavam força os elementos favoráveis a uma solução armada, destacadamente os seus membros mais jovens e os militares oriundos do movimento tenentista da década anterior, que desde a campanha eleitoral haviam, na sua quase totalidade, dado apoio a Vargas. Borges só decidiu apoiar os revolucionários dias antes do movimento contra Washington Luísser deflagrado.

Com a instalação do Governo Provisório liderado por Getúlio Vargas e a anulação da Constituição de 1891, Borges logo começou a trabalhar para que o país voltasse ao regime constitucional. Nesse sentido, apoiou a Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo, articulando, junto com outros líderes gaúchos, um levante no Rio Grande do Sul contra o interventor federal no estado, Flores da Cunha, que, fiel a Vargas, enviara tropas para combater os paulistas. Por conta disso, Borges foi preso, passando a liderança do PRR a Maurício Cardoso.Anistiado em maio de 1934, em julho do mesmo ano concorreu à presidência da República na eleição indireta realizada pela Assembléia Nacional Constituinte, reunida desde o ano anterior. Nessa ocasião, foi o segundo mais votado com 59 votos contra os 175 dado ao vencedor, Getúlio Vargas. Em seguida, elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Na Câmara fêz parte das Oposições Coligadas (ou Minoria Parlamentar), bloco de oposição a Vargas no Congresso. Foi cassado em 1937 pelo golpe do Estado Novo, decretado por Vargas, mas mesmo assim divulgou manifesto de apoio à nova ordem. Afastou-se, então, da vida política.

Em 1945, foi aclamado como presidente de honra da seção gaúcha da União Democrática Nacional (UDN), mas não retomou a atividade política.

Morreu em Porto Alegre, em 1961.

Fonte: CPDOC (FGV)

A Avenida Borges de Medeiros é via de acesso para a auto-estrada Lagoa Barra!

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