Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon, Rio de Janeiro
A Visconde de Albuquerque começa na Praça Sibelius, quase na Lagoa, e corta o Leblon acompanhando o Canal do Leblon e termina na Avenida Delfim Moreira.
Latitude, Longitude : (-22.9827559, -43.227359)
CEP da Avenida Visconde de Albuquerque, Leblon, Rio de Janeiro:
22450-001 Avenida Visconde de Albuquerque - lado ímpar
22450-000 Avenida Visconde de Albuquerque - lado par
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Quem foi o Visconde de Albuquerque que virou nome de Avenida no Leblon?
Viscondes de Albuquerque
Título criado por D. Pedro II, imperador do Brasil por decreto de 02-12-1854, a favor de António Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque, 1º visconde de Albuquerque * 1797
A Província de Pernambuco despontara, em meados do século XIX, como uma das mais importantes do Império. Mantinha uma posição dominante em relação às vizinhas províncias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe. Porém, o longo período de decadência do açúcar e do algodão agravara a situação da província aguçando as tensões sociais e raciais. Um pequeno grupo de proprietários vinha controlando a maior parte das terras onde, preferencialmente, praticava-se uma agricultura voltada para a exportação.
A questão agrária mostrava uma das facetas mais angustiantes da realidade de Pernambuco: uma estrutura que remontava ao tempo da América portuguesa. Nabuco de Araújo afirmava: "Enumerai os engenhos da província e vos damos fiança de que um terço deles pertencem aosCavalcanti."
Esta família, em especial, comprovava o quanto eram poderosos os senhores de escravos e de terras na estrutura política e econômica da região. Os três irmãos Cavalcanti, Pedro Francisco (Visconde de Camaragibe), Francisco (Visconde de Suassuna) e Antônio Francisco (Visconde de Albuquerque) eram filhos do conhecido Coronel Suassuna, daConspiração dos Suassunas, e, também, participante da Revolução Pernambucana de 1817. Família de prestígio e influente na região, mantinha-se no governo praticamente todo o tempo. O Visconde de Camaragibe, tendo ao seu lado o Visconde de Suassuna, era chefe do Partido Conservador na província de Pernambuco. Ambos eram muito respeitados na Corte e por seus companheiros de facção. O outro Cavalcanti, Visconde de Albuquerque, era líder dos liberais naquela província nordestina. Então, fosse qual fosse a corrente que dominasse a política no Império em Pernambuco, os Cavalcantis estariam sempre no comando.
A ligação dos Cavalcantis com outras famílias de proprietários - como os Rego Barros - por laços de parentesco ampliava seu poder que, segundo afirma o sociólogo Gilberto Freyre, foi (...) "preciso a Revolta Praieira para demolir". Estes proprietários, identificados por alguns jornais da época como "barões do massapê", controlavam uma massa de escravos e de agregados.
Fonte: Empresa Municipal de Multimeios Ltda. MultiRio Secretaria Municipal de Educação Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro