Rua Professor Artur Ramos, no Leblon, Rio de Janeiro

Rua Professor Artur Ramos começa na Rua General Venâncio Flores é cruzada pela Rua General Urquiza e termina na Avenida Bartolomeu Mitre.

Rua Professor Artur Ramos

Em 18/03/1938, através o Decreto nº 6165, a rua foi reconhecida com o nome de Rua Ardíria. Em 25/03/1955, mudou para de rua Professor Artur Ramos, pelo Decreto nº 12809.

A Rua Professor Artur Ramos começa na Rua General Venâncio Flores é cruzada pela Rua General Urquiza e termina na Avenida Bartolomeu Mitre.

Seu traçado é em linha reta e, apenas um quarteirão, entre a Avenida Bartolomeu Mitre e Rua General Urquiza, está incluído na APAC do Leblon.

As edificações preservadas se integram e possuem certa harmonia de linhas arquitetônicas com as de nº 385, 339 e 405 da Avenida Bartolomeu Mitre. Já os prédios próximos à Rua General Urquiza, com cerca de oito pavimentos, provavelmente foram construídos após os decretos de 1970. A relação entre a largura da caixa de rolamento, de apenas dez metros de largura e o alto gabarito das edificações, transmitem uma sensação de clausura à rua.

Embora com arborização esparsa, apenas concentrada nas esquinas, seu caráter residencial e de tráfego, exclusivamente local, concorrem para criar um clima aprazível na rua.

GeoLocalização:

Latitude, Longitude : (-22.9839239, -43.2242633)

 CEP da Rua Professor Artur Ramos, Leblon, Rio de Janeiro:

22441-110 Rua Professor Artur Ramos

#Hashtag:

#ruaprofessorarturramos

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Quem foi o Professor Artur Ramos que virou nome de rua no Leblon?

Arthur Ramos de Araújo Pereira

Arthur Ramos de Araújo Pereira (Pilar atual Manguaba, 7 de julho de 1903 / Paris, 31 de outubro de 1949), médico psiquiatra, psicólogo social, etnólogo, folclorista e antropólogo brasileiro, foi um dos principais intelectuais de sua época.

Teve grande destaque nos estudos sobre o negro e sobre a identidade brasileira e foi também importante no processo de institucionalização das Ciências Sociais no Brasil.

Filho do médico Manuel Ramos de Araújo Pereira e Ana Ramos, teve sete irmãos: Luís, Evangelina, Raul, Nilo, Aluísio, Georgina e Julita.

Aos quinze anos publicou o seu primeiro artigo no semanário "O Pilar" e no ano de 1921 ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia.

Em 1926 defendeu a tese de doutorado denominada "Primitivo e Loucura", ganha o reconhecimento de Sigmund Freud, Paul Eugen Bleuler e Lucien Lévy-Bruhl. No mesmo ano recebe o título de doutor em ciências médicas pela Faculdade de Medicina da Bahia. No ano seguinte começa a trabalhar em um hospital psiquiátrico de Salvador como médico legista - Serviço Médico Legal do Estado da Bahia - e realiza seu primeiro contato com questões da cultura negra por meio dos estudos recolhidos do médico Raimundo Nina Rodrigues: "um conjunto de dados etnográficos sobre a vida cotidiana nos terreiros", sobre a vida religiosa de origem africana na Bahia, pormenores dos ritos e seus personagens e as relações sociais entre os praticantes das religiões afro-brasileiras e a comunidade em que estavam inseridos. Longe de preconceitos, tratando-se de estudos científicos da década de 1930, Ramos insurgiu-se contra o que considerava equívocos dos homens de ciência da época, inclusive Nina Rodrigues, contrastando a herança das teorias racistas do século XIX com a ideia progressista da época, hoje equivocada, de "atraso cultural".

O etnógrafo utilizou a psiquiatria, a psicanálise e a antropologia para investigar a mentalidade e a cultura dos brasileiros. De certa forma, pioneiro na aplicação da psicanálise para a pesquisa da religiosidade de origem negra no Brasil, Ramos também questionou o programa educacional de compromisso higienista. Em 1933, muda-se para o Rio de Janeiro e é nomeado por Anísio Teixeira chefe do "Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental".

No Rio de Janeiro, em 1934, dentre tantas outras obras já escritas, publica "O Negro Brasileiro"; assume a cátedra de Psicologia Social, vindo a ser consagrado como o pai da Antropologia Brasileira.

Em 1935 casa-se com Luisa Gallet, viúva de Luciano Gallet, sua grande colaboradora, mas não tiveram filhos. Nos Estados Unidos ensinou, pesquisou e participou de vários simpósios nas Universidades de Louisiana, Califórnia, Harvard e Columbia, ao lado de grandes nomes das Ciências Sociais. No Brasil obteve reconhecimento e respeito de Jorge de Lima, Raquel de Queirós, Jorge Amado, Gilberto Freire, Estácio de Lima, Théo Brandão, José Lins do Rego, Aurélio Buarque de Holanda, Graciliano Ramos, Nise da Silveira, Silvio de Macedo, Rita Palmares, Lily Lages e Gilberto de Macedo, dentre tantos outros, seus amigos e admiradores. Era um humanista e, através de suas idéias libertárias, lutou contra o imperialismo e o preconceito racial, sendo preso duas vezes pelo DOPS, na ditadura Vargas.

Nunca esqueceu sua terra. Percebe-se isso quando escreveu: 

A minha recompensa maior será a de estar ouvindo aquelas vozes queridas que os ventos constantemente me trazem do Pilar distante para a música do meu coração.
— Artur Ramos

Na capital francesa, em 1949, foi diretor do Departamento de Ciências Sociais da UNESCO, quando desenhou os primeiros contornos do Projeto UNESCO no Brasil, que ocorreu na década de 1950. Morreu ajudando a construir um Plano de Paz para o mundo, ao lado de Bertrand Russel, Jean Piaget, Maria Montessori e Julien Huxley.

A morte prematura interrompeu, em plena maturidade, a sua trajetória intelectual, sacrificando não apenas a continuidade da obra mas a sua divulgação, especialmente nas três últimas décadas. De toda a sua vasta contribuição à antropologia, só O Negro Brasileiro, publicado pela primeira vez em 1934, ganhou, em 2001, nova reedição, dentro da série Memória Brasileira, da editora Graphia.

A rua Professor Artur Ramos começa na Rua General Venâncio Flores é cruzada pela Rua General Urquiza e termina na Avenida Bartolomeu Mitre.

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