Rua Maria Quitéria em Ipanema, Rio de Janeiro
A rua Maria Quitéria começa na Avenida Vieira Souto e termina na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa.
Faz esquina no trecho entre as Ruas Visconde de Piraja e Barão da Torre com a Praça Nossa Senhora da Paz em Ipanema, Rio de Janeiro.
Nomeada inicialmente como Rua Otávio Silva, nome de um dos filhos do Coronel Antônio José Silva, mudou de nome em 1922 para Rua Maria Quitéria, a mulher-soldado baiana, heroína na luta pela Independência na Bahia.
GeoLocalização:
Latitude, Longitude : (-22.98383, -43.2070673)
CEP da Rua Maria Quitéria em Ipanema, Rio de Janeiro:
Rua Maria Quitéria - CEP: 22410-040
#Hashtag:
#mariaquiteria
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Restaurantes na região da Rua Maria Quitéria
Na região da Rua Maria Quitéria existem vários bares e restaurantes, selecionamos alguns na região!
Espelunca Chic - Rua Maria Quitéria, 46 - 2247-8609
Agraz Café - Avenida Vieira Souto, 460 - 2525-2525
Galani - Avenida Vieira Souto, 460 -2525-2525
Dombri Edo - Rua Prudente Moraes, 1117 - 3201-1104
Grill 360º - Rua Prudente de Moraes, 1117 - 2525-2200
Empório 37 - Rua Maria Quitéria, 37 - 3813-2526
Barthodomeu - Rua Maria Quitéria, 46 - 2247-8609
Koni - Rua Maria Quitéria, 77 - 2521-9348
Armazém do Café - Rua Maria Quitéria, 77 - 2522-5039
Pax Alimentos - Rua Maria Quitéria, 99 - 3411-0358
Engenho da Lagoa Bar e Restaurante - Rua Maria Quitéria, 136
Stravaganze - Rua Maria Quitéria, 132 - 2523-2391
Antonino - Avenida Epitácio Pessoa, 1244 - 2523-3549
A Lista e Reserva dos Hotel, hostel e apartamentos por temporada na Rua Maria Quitéria
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Quem foi Maria Quitéria que virou nome de rua em Ipanema?
Maria Quitéria de Jesus nasceu em 27 de julho de 1792 no pequeno sítio do Licurizeiro, no distrito do Arraial de São José das Itaporocas, comarca de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, hoje município de Feira de Santana, Bahia e foi uma militar brasileira e heroína da Guerra pela Indepêndencia do Brasil.
Filha dos imigrantes portugueses, nascidos na colônia do Brasil, Gonçalo Alves de Almeida e Quitéria Maria de Jesus, que morreu em 1803 quando Maria Quitéria tinha ainda 10 anos de idade, desde criança Maria Quitéria aprendera a caçar, montar e a usar armas de fogo, sendo uma exímia atiradora. Cinco meses após ficar viúvo o pai casou-se novamente, desta vez com a Sra. Eugênia Maria dos Santos que, infelizmente, também morreu pouco tempo depois. A família se muda para sua fazenda em Serra da Agulha onde o sr. Gonçalo casou-se com Maria Rosa de Brito que lhe deu três filhos.
Entre 1821 e 1822 iniciou-se a ocupação de Salvador pelas tropas portugueses e em fevereiro de 1822 aconteceu o martírio de Soror Joana Agélica durante a invasão dos soldados portuguese ao Convento da Lapa. No dia 25 de junho em Cacheira, reduto de defensores da independência, proclama D. Pedro como "Regente Perpétuo" do Brasil. Isso provoca o episódio do bombardeamento da Cidade por uma canhoneira portuguesa e em 06 de setembro se instalou um Conselho Interino do Governo da Província com a finalidade de organizar a resistência e angariar recursos e alistar voluntários interessados na independência.
Maria Quitéia pede permissão ao pai, que lhe nega, para listar-se como voluntária.
Foge para a casa de sua irmã Teresa Maria que, com a conivência do marido José Cordeiro de Medeiros, a ajuda a cortar os cabelos e vestida de rapaz se alista na Vila de Cacheira, com o nome de Medeiros, no regimento de artilharia, onde permaneceu escondida por duas semanas até ser encontrada por seu pai que queria arrastá-la no mesmo momento, mas, supreendentemente, foi defendida pelo comandante do Batalhão dos Voluntários do Príncipe (Batalhão dos Periquitos devido aos punhos do uniforme serem verdes) Major José Antônio da Silva Castro (avô do poeta Castro Alves) que reconheceu nela grande disciplina, valor e excelente pontaria como atiradora!
Neste momento seu uniforme ganha um saiote no estilo escocês.
Em 29 de outubro, partiu em missão de defesa da ilha de Maré e em seguida para Pituba e Itapoã, como integrante da Primeira Divisão de Direita.
Demonstrando coragem e ousadia, em fevereiro de 1823 atacou uma trincheira portuguesa, onde fez dois prisioneiros portugueses e os escoltou, sozinha, ao acampamento!
Logo depois, em 31 de março, foi promovida pelo General Pedro Labatut a 1º Cadete, recebendo a espada e os acessórios e em 2 de julho de 1823 durante o desfile comemorando a tomada de Salvador pelas tropas imperiais foi saudada nas ruas pela população quando vestia seu uniforme azul, com o saiote criado por ela, e usando, também, o capacete com um penacho.
Em 20 de agosto foi ao Rio de Janeiro onde foi condecorada pelo Imperador D. Pedro I, com a comenda de "Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro", quando o Impedador disse:
Além da condecoração foi promovida ao cargo de Alferes de Linha, pediu ao Imperador uma carta onde Ele solicitava que o Sr. Gonçalo Alves de Almeida perdoasse Maria Quitéria e a recebesse de volta, o que realmente aconteceu. Perdoada pelo pai, Maria Quitéria terminou se casando com o antigo namorado, o lavrador Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição.
A inglesa Maria Graham, por sua vez, deixou registrado:
Com a morte do marido em 1835, a Viúva, mudou-se para Feira de Santana, onde tentaria receber sua parte da herança de seu pai que morrera um ano antes. Pela enorme burocracia e dificuldade, terminaria por desistir do inventário e mudou-se, novamente, com a filha para Salvador, onde veio a falecer no dia 21 de agosto de 1853, aos 61 anos de idade, quase cega, no anonimato.
Foi sepultada na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e Sant'Ana, no bairro de Nazaré em Salvador.
Fontes:
ALMEIDA, Norma Silveira Castro de; TANAJURA, A. Rodrigues Lima. José Antônio da Silva Castro - o Periquitão. Salvador: EGBA, 2004. ISBN 85-903965-1-7
AMARAL, Braz do. História da Independência da Bahia. Salvador: Livraria Progresso Ed., 1957.
MENDES, Bartolomeu de Jesus. A Festa do Dois de Julho em Caetité - do cívico ao popular. Caetité: Gráfica Castro, 2002.
PALHA, Américo. Soldados e Marinheiros do Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército-Editora, 1962. p. 47-51.
SILVA, Joaquim Norberto de Souza. Brasileiras Célebres (ed. fac-similar). Brasília: Senado Federal, 1997.
SOUZA, Bernardino José de. Heroínas baianas.
TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. Salvador: UNESP; São Paulo: EDUFBA, 2001.