Rua João Lira, no Leblon, Rio de Janeiro
A rua João Lira é formada por quatro quarteirões, entre a Avenida Delfim Moreira e a Rua Conde Bernadotte, sendo os dois quarteirões, entre a Avenida Ataulfo de Paiva e Rua Conde Bernadotte incluídos na APAC do Leblon.
Conhecida anteriormente como Rua Domingos Moutinho. Foi reconhecida como Rua João Lira pelo Decreto nº 4198 de 25/04/33 e seu prolongamento através do Decreto nº 9207 de 19/04/48.
Entre a Avenida Ataulfo de Paiva e a Rua Humberto de Campos, o cenário da rua está envolvido por edificações, com alto gabarito, localizadas no centro do quarteirão, interferem na imagem da rua e criam um impacto visual.
A paisagem só é suavizada nas proximidades da Rua Humberto de Campos, pelas seis edificações preservadas e localizadas em lados opostos. Suas fachadas se interagem e compartilham traços comuns: nos estilos, caracteres, personalidades, individualidades e alturas em conformidade com a escala humana.
Caminhando em direção à Rua Conde Bernadotte a riqueza do cenário da rua é acentuada pelo grande número de edificações preservadas no pequeno quarteirão, circundado pela Rua Humberto de Campos e a Avenida Bartolomeu Mitre. Elas apresentam traços arquitetônicos que combinam elementos decorativos dos movimentos de Art Déco e protomoderno.
GeoLocalização:
Latitude, Longitude : (-22.984072, -43.222315)
CEP da Rua João Lira, Leblon, Rio de Janeiro:
22430-210 Rua João Lira
#Hashtag:
#ruajoaolira
Restaurantes na região da Rua João Lira
Restaurante Vista - Rua João Lira, 5 - 2294-1644
Deli 43 - Rua João Lira, 97 - 2294-1745
Universo Orgânico - Rua Conde de Bernadotte, 26 - 2274-8673
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Quem foi o João Lira que virou nome de rua no Leblon?
O criador do Dia do Contabilista, João de Lyra Tavares, nasceu em 23 de novembro de 1871, na cidade de Goiana/PE, e faleceu em 30 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro. Era o terceiro filho de Feliciano de Lyra Tavares e Maria Rosalina de Albuquerque Vasconcelos. Aos três anos de idade segue com sua família para o Rio Grande do Norte, estabelecendo-se na cidade de Macaíba.
Viveu a infância e adolescência em Macaíba, onde se fez abolicionista e republicano, além de orador inflamado nas diversas passeatas cívicas de então. Editou vários boletins políticos e foi correspondente de A República.
Foi guarda-livros e chefe de escritório das firmas Lyra Tavares e Fabrício & Cia. Como comerciante, teve uma atuação destacada em Pernambuco, onde fundou uma Associação de Guarda-Livros e foi membro da Associação Comercial do Recife, residindo naquele Estado entre os anos de 1895 a 1902.
Viajou para a Paraíba, onde residiu de 1902 a 1914, foi eleito deputado estadual sendo o relator da despesa e receita do Estado. Possuiu comercio e escrevia para os jornais mais importantes daquele Estado, além de ser professor.
Atuou na política, foi historiador e economista, autor de obras didáticas e estudioso de geografia. Em 1914, a convite do então ministro Rivadávia Corrêa, esteve, pela primeira vez, na cidade do Rio de Janeiro, na época capital da República, onde tomou parte da Comissão escolhida para estudar a reorganização da Contabilidade do Tesouro Nacional.
No ano seguinte, João de Lyra Tavares foi eleito Senador pelo Rio Grande do Norte, cargo que ocupou até o fim de sua vida. No Senado, foi membro eminente da Comissão de Finanças e sempre ressaltou os benefícios que a sociedade brasileira teria com o reconhecimento de uma classe de contadores públicos.
Em 1926, no almoço feito em sua homenagem pelas Entidades Contábeis Paulistas, João de Lyra Tavares foi aclamado Presidente do Supremo Conselho da Classe dos Contabilistas Brasileiros. Na ocasião, fez um discurso defendendo a criação do Registro Geral dos Contabilistas Brasileiros, marco decisivo para o processo de organização dos Contabilistas em bases profissionais, que culminou com a criação do sistema CFC/CRC's, ocorrida 20 anos depois.
Em 1926, no dia 28/05, um mês e três dias após o discurso, através do Decreto Federal nº 17.329, foi criada primeira escola oficial com o objetivo de ensinar Contabilidade: a Escola de Comércio. É importante que se deixe aqui registrado que existiam, antes de 1926, escolas não oficiais, que ensinavam o aluno a praticar os registros contábeis. A primeira escola a exercer essa função foi criada em 1902, e, em 1905, os diplomas expedidos por essa escola foram reconhecidos como oficiais pelo Decreto Federal nº 1.339, de09/01/1905. Para o Senador, não bastava somente oficializar o ensino, mas era necessário, também, estabelecer os direitos e as obrigações dos profissionais que trabalhavam com a Contabilidade. Assim, em 30/06/1931, o Brasil organizou, através do Decreto Federal nº 20.158, o seu ensino comercial, e, por meio desse decreto, foram criados diversos cursos; entre eles, o de guarda-livros e o dos peritos-contadores.
Em 22/09/1945, foi criado o Curso de Ciências Contábeis, curso universitário cujos profissionais são intitulados "contadores", aos quais os antigos peritos-contadores foram equiparados; e, em 28/04/1958, através da Lei 3.384, os guarda-livros passaram a ser chamados de "técnicos em Contabilidade".
Sendo assim, tudo que o Senador Lyra Tavares defendeu acabou por se concretizar. Por isso, ele recebeu, com justiça, o título de "Patrono da Contabilidade Brasileira". Hoje é nome da maior condecoração emanada do Conselho Federal de Contabilidade: Medalha de Mérito Contábil "João Lyra".
Fontes: Prefeitura do Rio de Janeiro | Anderson Tavares