Rua Francisco Otaviano, Copacabana, Rio de Janeiro 

A Rua Francisco Otaviano Começa na Avenida Atlântica  e termina na Avenida Vieira Souto (Ipanema).

No início era chamada de Rua da Igrejinha, pois ligava o local onde ficava a Igrejinha de Nossa Senhora de Copacabana na praia do Arpoador. Desde os anos 1970 existe a Galeria Ríver, Rua Francisco Otaviano, 67 - especializada em cultura jovem, principalmente moda praia, lojas de equipamento para surfe, skate e outros esportes radicais além de tatuadores e lanchonetes alternativas.

Latitude, Longitude : (-22.9871007, -43.1917001)

CEP da Rua Francisco Otaviano, Copacabana, Rio de Janeiro:

22080-040 Rua Francisco Otaviano

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Restaurantes na Rua Francisco Otaviano

Aqui vamos pela ordem do dia! Se você pretende começar bem o seu dia sugerimos um café da manhã no Forte de Copacabana, mais precisamente na Confeitaria Colombo - Praça Coronel Eugênio Franco, 1 - telefone 22476168, vale também para um lanche no final da tarde!

Falando de lanche (ou sobremesa?) experimente a Creperia Barsete - Rua Raul Pompéia, 13 - telefone 25210335, muito boa! No mais, sugerimos:

  • Koni Store - Rua Francisco Otaviano, 67 - telefone 25219386

  • Pizza Hut - Rua Francisco Otaviano, 23 - telefone 33256222

  • Porto Velho Enoteca Bar - Rua Francisco Otaviano, 20 - telefone 25222836

Rua FRancisco Otaviano final do sec XIx

Quem foi o Francisco Otaviano que deu nome a Rua em Copacabana?

Francisco Otaviano de Almeida Rosa

Francisco Otaviano de Almeida Rosa, advogado, jornalista, político, diplomata e poeta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de junho de 1825, e faleceu na mesma cidade em 28 de junho de 1884. 

É o patrono da Cadeira n. 13 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Visconde de Taunay. Seu encontro com os grandes vultos da época - Manuel de Macedo, José de Alencar, Gonçalves Dias -, influenciaram sua produção poética. Era filho do Dr. Otaviano Maria da Rosa, médico, e de Joana Maria da Rosa

Fez os primeiros estudos no colégio do professor Manuel Maria Cabral, e no decorrer da vida escolar dedicou-se principalmente às línguas, à história, à geografia e à filosofia.

Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1841, na qual se bacharelou em 1845. Regressou ao Rio, onde principiou a vida profissional na advocacia e no jornalismo, nos jornais Sentinela da Monarquia, Gazeta Oficial do Império do Brasil (1846-48), da qual se tornou diretor em 1847,Jornal do Commercio (1851-54) e Correio Mercantil. Foi eleito secretário do Instituto da Ordem dos Advogados, cargo que exerceu por nove anos; deputado geral (1852) e senador (1867).

Como jornalista, empenhou-se com entusiasmo nas campanhas do Partido Liberal e tomou parte preponderante na elaboração da Lei do Ventre Livre, em 1871. Já participara da elaboração do Tratado da Tríplice Aliança, em 1865, quando foi convidado por Olinda para ocupar a pasta dos Negócios Estrangeiros, mas não a aceitou, ficando em seu lugar Saraiva. Por ocasião da Guerra do Paraguai, foi enviado ao Uruguai e à Argentina, substituindo o Conselheiro Paranhos na Missão do Rio da Prata. A ele coube negociar e assinar, em Buenos Aires, em 1o de maio de 1865, o Tratado de Aliança ofensiva e defensiva entre o Brasil, a Argentina e o Uruguai, no combate comum a Solano Lopez, do Paraguai.

Poeta desde menino, não se dedicou suficientemente à literatura. Ele mesmo exprimiu com freqüência a tristeza de haver sido arrebatado à poesia pela política, por ele chamada de "Messalina impura", num epíteto famoso. Apesar da carreira fácil, respeitável e brilhante, cultivou sempre a nostalgia das letras. Sua obra poética representa uma espécie de inspiração do homem médio, mas não banal, o que lhe dá, do ponto de vista psicológico, uma comunicabilidade aumentada pela transparência do verso, leve e corredio.

Em torno do eixo central de sua personalidade literária se organizam as tendências comuns do tempo, num verso quase sempre harmonioso e bem cuidado.

Nas suas traduções de Horácio, Catulo, Byron, Shakespeare, Shelley, Victor Hugo, Goethe, revela-se também poeta excelente. Ficou para sempre inscrito entre os nossos poetas da fase romântica, mesmo que não tenha exercido a literatura com paixão, e o patriota que foi dá-lhe lugar entre os grandes vultos brasileiros do século XIX.

Obras literárias:

  • Cantos de Selma, poesias (1872);

  • Traduções e poesias (1881);

  • poesias esparsas na Revista da Academia Brasileira de Letras, nos 15 e 16;

  • Poesias, contidas na Lira Popular publicada por Custódio Quaresma.

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Outras obras:

  • Inteligência do Ato Adicional (1857);

  • As Assembléias provinciais (1869);

  • O Tratado da Tríplice Aliança (1870);

  • Questão militar (discursos proferidos no Senado e na Câmara dos Deputados pelo Barão de Cotegipe, Saraiva, Francisco Otaviano, Afonso Celso e Silveira Martins); Cartas, coligidas por Wanderley Pinho (1977)

Francisco Otaviano - RECORDAÇÕES

Oh! se te amei! Toda a manhã da vida
Gastei-a em sonhos que de ti falavam!
Nas estrelas do céu via teu rosto,
Ouvia-te nas brisas que passavam:
Oh! se te amei! Do fundo de minh’alma
Imenso, eterno amor te consagrei...
Era um viver em cisma de futuro!
Mulher! oh! se te amei!

Quando um sorriso os lábios te roçava,
Meu Deus! que entusiasmo que sentia!
Láurea coroa de virente rama
Inglório bardo, a fronte me cingia;
À estrela alva, às nuvens do Ocidente,
Em meiga voz teu nome confiei.
Estrela e nuvens bem no seio o guardam;
Mulher! oh! se te amei!

Oh! se te amei! As lágrimas vertidas,
Alta noite por ti; atroz tortura
Do desespero d’alma, e além, no tempo,
Uma vida sumir-se na loucura...
Nem aragem, nem sol, nem céu, nem flores,
Nem a sombra das glórias que sonhei...
Tudo desfez-se em sonhos e quimeras...
Mulher! oh! se te amei!

Francisco Otaviano - Soneto

Morrer, dormir, não mais: termina a vida
E com ela terminam nossas dores,
Um punhado de terra, algumas flores,
E às vezes uma lágrima fingida!

Sim, minha morte não será sentida,
Não deixo amigos e nem tive amores!
Ou se os tive mostraram-se traidores,
Algozes vis de uma alma consumida.

Tudo é pobre no mundo; que me importa
Que ele amanhã se esb'roe e que desabe,
Se a natureza para mim está morta!

É tempo já que o meu exílio acabe;
Vem, pois, ó morte, ao nada me transporta
Morrer, dormir, talvez sonhar, quem sabe?

Francisco Otaviano - Ilusões de Vida

Quem passou pela vida em branca nuvem
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem - não foi homem,

Só passou pela vida - não viveu.

Depoimentos

RECEBI ESTE POEMA: ILUSÕES DA VIDA (FRANCISCO OTAVIANO) HA UNS 25 ANOS ATRÁS, MAS SÓ HJ 22/12/2005, DESCOBRI O AUTOR. ESSAS PALAVRAS JAMAIS SAIRAM DA MINHA MEMÓRIA.FOI UMA PROFESSÔRA DE PORTUGUÊS QUE HAVIA ME TIRADO DE AMIGO-OCULTO QUE ME MANDOU ESTE POEMA. SIMPLESMENTE FANTÁSTICO. FIQUEI TÃO FASCINADA QUE NUNCA ME ESQUECI DESSES DIZERES.
— Tania Cristina Teixeira Sá
Vista de Copacabana e Leme a partir da Rua Francisco Otaviano

Vista de Copacabana e Leme a partir da Rua Francisco Otaviano

Como a Avenida Atlântica começa no Leme, a Rua Francisco Otaviano é a última rua da Praia de Copacabana, no finalzinho do posto 6.

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