Praça Milton Campos, no Leblon, Rio de Janeiro
A Praça Milton Campos fica na Selva de Pedra, no Leblon, entre as ruas Padre Achotegui, Professor Sabóia Ribeiro e Ministro Correia de Melo.
Latitude, Longitude : (-22.98052212, -43.219555)
CEP da Praça Milton Campos, Leblon, Rio de Janeiro:
22430-080 Praça Milton Campos
#Hashtag: #pracamiltoncampos #selvadepedra
Restaurantes na região da Praça Milton Campos
Plataforma - Rua Adalberto Ferreira, 32 - telefone 2274-4022
Vegetariano Social Club - Rua Conde Bernadotte, 26 - telefone 2540-6499
Academia da Cachaça - Rua Conde de Bernadotte, 26 - telefone 2239-1542
Spoleto - Shopping Leblon - Avenida Afrânio de Melo Franco - telefone 3875-3114
Bar Bracarense - Rua José Linhares - telefone 2294-3549
A Lista e Reserva de Hotel e aluguel por temporada na região da Praça Milton Campos
Aqui estão alguns dos hotéis que selecionamos para você aqui na região da Praça Milton Campos! Reserve seu hotel no Leblon ou Ipanema pela localização ou consulte a Lista de Hotéis clicando aqui.
Quem foi Milton Campos que deu nome a esta Praça no Leblon?
Mílton Soares Campos nasceu em Ponte Nova (MG), em 16/8/1900.
Cursou no secundário os colégios: Instituto Claret, Ginásio Leopoldinense, Ginásio Arnaldo, Ginásio Mineiro.
Ingressou na Faculdade de Direito de Belo Horizonte em 1918. Nesse ano, apoiou os candidatos oposicionistas da Reação Republicana aos governos de Minas Gerais e da República, respectivamente Francisco Sales e Nilo Peçanha, ambos derrotados.
Ainda em seus tempos de universitário, travou amizade com jovens literatos da capital mineira, na sua maioria influenciados pelo modernismo, entre os quais Carlos Drummond de Andrade, Afonso Arinos de Melo Franco e Gustavo Capanema e onde bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais, em 24 de dezembro de 1922, após ter custeado seus estudos como funcionário da Estrada de Ferro Oeste de Minas..
A partir de 1925, sem abandonar a advocacia, passou a dedicar-se profissionalmente ao jornalismo assumindo a direção da sucursal dos "Diários Associados" em Minas e colaborando também no "Estado de Minas" e no"Diário de Minas". Em 1930, ainda em Belo Horizonte, deu apoio à candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República e, com a derrota de Vargas, ao movimento armado que depôs o presidente Washington Luís. No ano seguinte, ingressou na Legião Mineira, organização de vida efêmera, criada para dar apoio ao novo regime. Em 1932, foi nomeado advogado-geral do estado de Minas Gerais permanecendo no cargo durante um ano, até deixá-lo para integrar o Conselho Consultivo do Estado.
Em 1934, elegeu-se deputado estadual constituinte em Minas Gerais, na legenda do Partido Popular (PP), agremiação que oferecia sustentação aos governos federal e estadual, foi relator do anteprojeto da Constituição Mineira, promulgada em 1935. Permaneceu na Assembléia Legislativa mineira até novembro de 1937, quando o golpe do Estado Novo decretou o fechamento de todas as casas legislativas do país. Nessa ocasião, manifestou-se contrário ao estabelecimento da ditadura varguista.
Durante o Estado Novo (1937-1945), dedicou-se ao ensino superior e à advocacia, foi um dos fundadores da seção de Minas Gerais da Ordem dos Advogados, tendo sido eleito seu secretário e, posteriormente, seu presidente. Foi, por dois anos, Presidente do Instituto de Advogados de Minas Gerais e foi fundador e professor catedrático de Política da Universidade de Minas Gerais e professor de Direito Constitucional da Faculdade Mineira de Direito.
Após o início da Segunda Guerra Mundial, ingressou na Sociedade Amigos da América, entidade que defendia o apoio aos Aliados e aos regimes democráticos. Foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros, documento divulgado em outubro de 1943, representando a primeira iniciativa de envergadura dos setores liberais contra o Estado Novo. Por conta disso, foi exonerado do cargo de advogado da Caixa Econômica Federal.
Com o início do processo de redemocratização do país, em 1945, foi um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN), agremiação que reunia a oposição liberal ao Estado Novo. Em dezembro desse ano, elegeu-se deputado federal constituinte por Minas Gerais. Dois anos depois, ganhou a eleição para o governo mineiro, numa ampla coligação que, além da UDN, incluía dissidentes do Partido Social Democrático (PSD), o Partido Republicanodo ex-presidente Artur Bernardes, integralistas e comunistas. Terminou seu mandato em janeiro de 1951, transferindo o governo a Juscelino Kubitscheck, eleito pelo PSD.
Na área de educação, instituiu milhares de escolas primárias e nos setores de agricultura e energia elétrica, realizou notável obra administrativa, além de sustar o empreguismo e recuperar as finanças segundo testemunho de Paulo Campos Guimarães na Assembléia Legislativa Mineira, numa síntese do governo de Milton Campos no estado de Minas.
Em outubro de 1954, voltou a eleger-se para a Câmara Federal. Em abril do ano seguinte, assumiu a presidência nacional da UDN, e nesse mesmo ano foi lançado como candidato udenista à vice-presidência da República, compondo chapa com o general Juarez Távora, sendo ambos derrotados pela chapaKubitscheck-João Goulart. Em maio de 1957, afastou-se da presidência da UDN. Em outubro do ano seguinte, elegeu-se senador por Minas Gerais. Dois anos depois voltou a concorrer à vice-presidência da República, sendo novamente derrotado por João Goulart.
Participou ativamente das articulações que levaram ao golpe militar de 1964, que afastou Goulart da presidência. Em abril desse ano, logo após a instalação do novo regime, foi nomeado ministro da Justiça pelo presidenteCastelo Branco. Deixou o cargo em outubro de 1965, retornando ao Senado. Filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido criado após a instalação do bipartidarismo e base de apoio ao regime militar, renovou seu mandato de senador em 1966. Faleceu durante tal mandato, em 16 janeiro de 1972, na cidade de Belo Horizonte.
Trabalhos publicados:
Campos, Milton Soares. Compromisso Democrático. Belo Horizonte.
Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, 1951. 395 P. (Senado, Câmara e UnB).
Ensino da Língua Portuguesa nas Escolas Mineiras. Belo Horizonte, Imprensa Oficial, 1949 (UnB).
Estudo sobre o funcionamento dos Parlamentos da Grã-Bretanha, República Federal Alemã, França, Itália, Estados Unidos da América, México e Peru. Colaboração de Nelson Carneiro. Brasília, Senado Federal, 1966. 29 P. (Senado, Câmara).
Limites: Minas Gerais/Espírito Santo. Colaboração de Benedito Quintino dos Santos. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1946. 246 P. Il. (Senado).
Testemunhos e Ensinamentos. Prefácio de Gontijo de Carvalho. Rio de Janeiro. J. Olympio, 1972. 317 P. Il. (Coleção Documentos Brasileiros, 154) (Senado, UnB e Câmara).
Compromisso Democrático. Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, 1951. 395 P. (Senado, Câmara e UnB).