Praça Cláudio Coutinho, no Leblon, Rio de Janeiro
A Praça Claudio Coutinho fica entre as Ruas Fadel-Fadel e Adalberto Ferreira no Leblon, Rio de Janeiro
Latitude, Longitude : (-22.98113206, -43.221057)
CEP da Praça Claudio Coutinho, Leblon, Rio de Janeiro:
22430-140 Praça Claudio Coutinho
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Restaurantes na região da Praça Claudio Coutinho
Zaffiro - Rua Conde Bernadotte 26 lj 108 - 3547-3883
Krika Botiquinho Lanchonete - Rua Conde Bernadotte 26 lj 123 - 3546-2326
Quem foi Claudio Coutinho que deu nome a esta Praça no Leblon?
Um dia o saudoso técnico Cláudio Coutinho alardeou que o Brasil havia sido 'campeão moral' da Copa do Mundo de 1978, na Argentina, a despeito da eliminação na fase semifinal pelo critério de saldo de gols.
É, Cláudio Coutinho, um capitão do Exército do Rio de Janeiro, foi um dos raros exemplos de alguém que migra para o futebol de uma hora para outra e dá certo.
Quis o destino, entretanto, que no auge da carreira de treinador de futebol, em 27 de novembro de 1981, morresse afogado no mar, quatro dias depois de o Flamengo conquistar a Copa Libertadores da América.
Naquele período, Coutinho já havia trocado o Flamengo pelo Los Angeles Astecs, dos Estados Unidos, e passava férias no Rio de Janeiro.
Seu hobby era a caça submarina e, como invejável mergulhador, convidou o amigo Bruno Caritato para um mergulho livre (sem auxílio dos tubos de oxigênio) nas Ilhas Cagarras, no litoral carioca.
E não é que Coutinho foi traído pela água, apesar da confissão ao amigo que não mergulhava havia nove meses e que faltaria fôlego para projetar a caça como manda 'o figurino'. Apesar disso, imaginou que venceria o desafio, a exemplo de tantos outros desde o nascimento, no município gaúcho de Dom Pedrito, em 5 de janeiro de 1939.
Coutinho, um professor de educação física, foi supervisor da Seleção Brasileira na conquista do tricampeonato em 1970, no México, adotando a rigidez do regime militar que governava o País na época. Foi ele o introdutor do teste de cooper para avaliar atletas do selecionado. Copiou a bem sucedida inovação de seu amigo e professor norte-americano Kenneth Cooper.
Intelectual, logo assimilou as 'mumunhas' da bola e projetou carreira vitoriosa como treinador de futebol. Assim, quando surgiu a oportunidade de comandar o time do Flamengo, em 1976, como sucessor do gaúcho Carlos Froner (falecido), incorporou ao dicionário esportivo termos como overlaping (sobreposição) e polivalência. Procurou transportar à Gávea o espírito competitivo do europeu e exigiu de seus jogadores a ocupação de todos os espaços do campo. Reflexo: iniciou a montagem da base do Flamengo que conquistou o título mundial interclubes em 1981, na goleada por 3 a 0 sobre o Liverpool, da Inglaterra, já sob o comando de Paulo César Carpeggiani.
Coutinho aliava seriedade e competência, virtudes que levaram o presidente da antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos), Heleno Nunes, a lhe entregar o comando do selecionado amador de futebol à Olimpíada de Montreal, no Canadá, em 1976. E quando o técnico Osvaldo Brandão pediu demissão em caráter irrevogável da seleção principal, após empate sem gols com a Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa na Argentina, dia 26 de fevereiro de 1977, Coutinho foi chamado para substitui-lo.
A decisão da cúpula da CBD provocou surpresa, pois Rubens Francisco Minelli era o mais cotado para assumir o cargo. Todavia, Coutinho logo convenceu os incrédulos e classificou o time brasileiro àquela Copa, e voltou da Argentina com um terceiro lugar que teve sabor de 'campeão moral', discursava.
De volta ao Flamengo, cumpriu agenda total de 265 jogos até 1980, e entrou para a história do futebol brasileiro como um profissional competente, contrariando a expectativa daqueles que o julgavam apenas um teórico.
Fonte: http://camisa12.esp.br/