Avenida Vieira Souto em Ipanema, Rio de Janeiro
A Avenida Vieira Souto começa na altura da Rua Francisco Otaviano e termina no Jardim de Alah em Ipanema, Rio de Janeiro.
A avenida Vieira Souto separa o bairro de Ipanema da praia de Ipanema, banhada pelo oceano Atlântico. Ela começa na altura da Rua Francisco Otaviano e termina no Jardim de Alah.
Em 1922, quando ela recebeu essa denominação a Avenida Vieira Souto, possuía apenas 45 edificações, sendo 10 térreas, 32 sobrados, três em construção. Dos prédios da Avenida Vieira Souto, todos eram residenciais exceto dois: uma repartição municipal e o outro um clube, o "Country Club".
No ano de 1922 surgiria nela o Colégio São Paulo. É conhecida por ter o mais alto custo por metro quadrado da América Latina.
GeoLocalização:
Latitude, Longitude : (-22.9850745, -43.1979144)
CEP da Avenida Vieira Souto em Ipanema, Rio de Janeiro:
Avenida Vieira Souto - 376 até 528 - lado par - CEP: 22420-006
Avenida Vieira Souto - 160 até 376 - lado par - CEP: 22420-004
Avenida Vieira Souto - 528 até 670 - lado par - CEP: 22420-008
Avenida Vieira Souto - 672 ao fim - lado par - CEP: 22420-012
Avenida Vieira Souto - até 158 - lado par - CEP: 22420-002
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Restaurantes na Avenida Vieira Souto
Na região da Avenida Vieira Souto existem algum poucos bares e restaurantes, selecionamos alguns abaixo!
D R I Café - Ipanema - Avenida Vieira Souto, 176 - 2513-3835
Ateliê Culinario - Avenida Vieira Souto, 176 - 2287-1194
Vieira Souto Ristorante - Avenida Vieira Souto, 234 - 2267-9282
La Fiducia Bristrô - Avenida Vieira Souto, 320 - 2521-6464
Restaurante Mangiattore - Avenida Vieira Souto, 340 - 2267-9988
Barril 1800 - Avenida Vieira Souto, 104 - 2523-0085
Studio RJ - Avenida Vieira Souto, 110 - 2523-1204
Galani - Avenida Vieira Souto, 460 - 2525-2525
Agraz Café - Avenida Vieira Souto, 460 - 2525-2525
Espaço 7zero6 - Avenida Vieira Souto, 706 - 2141-4990
A Lista e Reserva dos Hotel, hostel e apartamentos por temporada na Avenida Vieira Souto
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Quem foi Vieira Souto que virou nome desta Avenida em Ipanema?
Luiz Raphael Vieira Souto viveu no Rio de Janeiro entre 1849 e 1922, filho de Luiz Honório Vieira Souto e Francisca de Paula Cunha.
Sua esposa, Carlota Souto de Andrada Vandelli, descendia de Alexandre Vandelli e era bisneta de José Bonifácio de Andrada e Silva.
Uma das suas filhas, Olga, casou-se com Ignácio Azevedo do Amaral, que foi Diretor da Escola Nacional de Engenharia e Reitor da Universidade do Brasil.
Prova da importância de Luiz Raphael Vieira Souto para a cidade do Rio de Janeiro é que seu nome foi dado a uma das mais importantes avenidas da zona sul carioca: Avenida Vieira Souto.
Vieira Souto ingressou na Escola Central aos 19 anos em 1868 e, mesmo sendo uma instituição que seguia a educação com regras militares, eles eram civís da primeira Escola no Brasil a ensinar a Engenharia Civil. O programa de ensino da Central era amplo e diversificado e Vieira Souto teve como professores mestres do gabarito de Borja Castro, Paula Freitas, Saldanha da Gama entre outros gigantes. Foi colega de Aarão Reis, Manoel Pereira Reis e Del-Vecchio.
Em 1871 colou grau de Bacharel em Sciencias Mathematicas e Physicas e, em 1872, cursou o 6º ano para se bacharelar também como engenheiro civil. Nesse ano, obteve aprovação plena na cadeira de Economia política, estatística e princípios de direito administrativo.
Nessa época o Governo Imperial estava preocupado em realizar melhoramentos no Município Neutro. Era urgente embelezar praças, alargar ruas, ligar o centro com novos bairros, arrasar morros, aterrar e sanear áreas, enfim, dar melhor aparência e salubridade à cidade. Em 1874, o Ministro João Alfredo nomeou uma “Comissão de Melhoramentos” para propor projetos para a cidade. Ela era composta pelos engenheiros Pereira Passos, Moraes Jardim e Marcellino Silva. Essa comissão fora incumbida elaborar
A comissão apresentou dois relatórios. Vieira Souto fez duras críticas às propostas, publicando quatorze artigos no Jornal do Commercio. Na medida em que a Comissão respondia às críticas Vieira Souto refutavá-as tecnicamente baseando-se em autores estrangeiros. Suas principais restrições se referiam às soluções que seriam adotadas para o Canal do Mangue. Quanto às soluções apontadas para urbanização, também foi um pesado crítico. Suas críticas foram tão contundentes e, irrefutáveis, que todos planos da Comissão de Melhoramentos acabaram sendo abandonados e a comissão extinta.
Em 1876 Vieira Souto ingressou num grupo de novos professores que desejavam implantar, na Polytechnica, o modelo educacional que conheceram na Central. Destacou-se no concurso para Catedrático de Economia Política, Direito Administrativo e Estatística, obtendo a primeira colocação. Propõe, reformula e aplica novo programa em 1880, programa que fica sob a responsabilidade de Viera Souto até o ano de 1896.
Viera Souto achava que o Brasil, que iniciava um processo de crescimento industrial, deveria adotar uma política protecionista. Publicou críticas no jornal “O Correio da Manhã” em relação as medidas econômicas adotadas pelo Ministro Joaquim Murtinho. Na época profissional de Vieira Souto, praticamente todos os engenheiros formados no Brasil eram engenheiros civis.
Vieira Souto atuou na iniciativa privada e em cargos públicos, nas mais diferentes atividades: saneamento, urbanismo, moradias populares, obras portuárias, aterros, etc.
Em 1887 Vieira Souto associou-se ao Engenheiro Sampaio e iniciaram o desmonte do Morro do Senado. Já no século XX, Vieira Souto dirigiu a construção da Avenida Beira-Mar, a avenida mais importante depois da Avenida Central.
Vieira Souto foi Diretor de Obras da Prefeitura. Participou das obras de desmonte do Morro do Castelo e da Exposição Mundial de 1922 quando também foi comemorado o Centenário da Independência do Brasil.
Dedicou também sua atenção para os problemas de habitações populares. Argumentava que os cortiços eram os principais focos de epidemias.
Foi membro da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e do Centro Industrial do Brasil. Fundador do Clube de Engenharia, membro da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e da Sociedade Nacional de Agricultura. Redator da Revista Brasileira de Engenharia. Vieira Souto deixou uma vasta literatura técnica que retrata parte da realidade técnica e política brasileira.
O inicio do seu necrológio, pergunta:
Fontes:
LUIZ RAPHAEL VIEIRA SOUTO: UM CENTRALISTA ENCICLOPÉDICO
Prof. Heloi José Fernandes Moreira – doutorando – HCTE/UFRJ
heloi@poli.ufrj.br
Profª Drª Nadja Paraense dos Santos – orientadora – HCTE/UFRJ
nadja@iq.ufrj.br
6. Referências bibliográficas:
ALVES, Isidoro Maria da S. – Modelo Politécnico, Produção de Saberes e a Formação do
Campo Científico no Brasil, in: A ciência nas relações Brasil – França (1850 – 1950).
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BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. v. 5
– Rio de Janeiro:Conselho Federal de Educação, p. 459, 1970.
DEL-VECHIO, Adolpho José. Memórias. (manuscrito; arquivo pessoal), p. H.2, 1914.
HUGON, Paul. A Economia Política no Brasil – in: As ciências no Brasil. – Fernando de
Azevedo (org.), v. 2, UFRJ, 1994.
LOBO, Francisco Bruno. Uma Universidade no Rio de Janeiro. v. 1, UFRJ, 1966.
NEVES, Getulio das. Dr. Luiz Raphael Vieira Souto – Revista Brasileira de Engenharia.
Anno II, TOMO IV, Nº 1, Julho de 1922.
PARDAL, Paulo. – O Visconde do Rio Branco e a Escola Politécnica. Biblioteca
Reprográfica Xerox, 1983.
PARDAL, Paulo. – BRASIL 1792: Início do Ensino de Engenharia Civil e da Escola de
Engenharia da UFRJ. Rio de Janeiro:Construtora Norberto Odebrecht, 1985.
RABHA, Nina Maria de Carvalho Elias (coord.) e outros. Planos Urbanos, Rio de Janeiro,
Século XIX. Rio de Janeiro:IPP, 2008, p. 38.
SOUTO, Luiz Raphael Vieira. These de Concurso – Economia Política – Estatística –
Direito Administrativo. 1880.