A Biografia de Augusto Frederico Schmidt, poeta e empresário
Augusto Frederico Schmidt foi um empreendedor, visionário, poeta e editor carioca e um morador ilustre de Copacabana, no Rio de Janeiro!
O poeta autor de frases como Cinquenta anos em Cinco e Deus me poupou do sentimento do medo Augusto Frederico Schmidt foi dos poetas de Copacabana.
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Criação e lançamento de um sonhador, o supermercado, esse ponto de presença obrigatória por todos nós quase todos os dias apareceu pela primeira vez no bairro de Copacabana, Rio de Janeiro em 1956, por ação do empresário Augusto Frederico Schmidt que inaugurou o primeiro supermercado com auto-serviço, o Disco (atual Pão de Acúcar), na Rua Siqueira Campos.
Augusto Frederico Schmidt nasceu no Rio de Janeiro em 18 de abril de 1906 na Rua Marques de Abrantes, Flamengo, Rio de Janeiro. Por ser a data do aniversário de Monteiro Lobato, nascido em 1882, nesse dia se comemora, há quase cinqüenta anos, o Dia do Livro no Brasil. Filho de Gustavo e Anita Schmidt, aos 8 anos muda-se para Lausanne, Suíça, onde estudou até a morte do pai, em 1916, quando sua família retornou ao Brasil.
Aos 14 anos, começou a trabalhar como auxiliar de caixeiro na Casa Costa Pereira Armarinhos e Tecidos Finos, no centro da cidade. Nesta época, Schmidt publicou seus primeiros versos de amor no jornal do bairro de Copacabana chamado “O Beira-Mar”. Demitido, e depois conseguiu uma colocação como caixeiro-viajante, em São Paulo, onde participou do movimento modernista entre 1923 e 1925.
Retornou ao Rio como gerente de uma serraria em Nova Iguaçu. Neste ano, ele também lançaria seu primeiro livro de poesias: Canto do Brasileiro Augusto Frederico Schmidt. Depois de gerenciar a Livraria Católica, comprada por um grupo de amigos, fundou, em 1930, a Schmidt Editora, que lançou as primeiras obras de autores importantes como Gilberto Freyre ("Casa Grande & Senzala"), Graciliano Ramos ("Caetés"), Rachel de Queiroz (João Miguel), Marques Rebelo (Oscarina), Jorge Amado ("O País do Carnaval"), Vinicius de Moraes ("Caminho Para a Distância"), Octávio de Faria (Maquiavel e o Brasil), Lúcio Cardoso (Maleita), Hamilton Nogueira, entre outros. Schmidt igualmente ajudou a firmar, no panorama literário, alguns autores já iniciados na edição, como Leonel Franca (Ensino religioso e ensino leigo e Catolicismo e Protestantismo), Alceu Amoroso Lima (Problema da burguesia, Preparação à Sociologia, Debates pedagógicos e Estudos, 4ª série) e Virgílio de Melo Franco (Outubro de 1930). Infelizmente, a Schmidt Editora durou pouco mais de três anos.
Em 1934, Schmidt fundaria, junto com Luiz Aranha, sua primeira empresa de sucesso: a Metrópole Seguros.
Daí pra frente, Schmidt só cresceria nas mais diversas áreas comerciais e industriais, que iam dos pneumáticos à aviação civil, do processamento de materiais radioativos ao setor da alimentação.
Schmidt se casou com Yêdda Ovalle Lemos em 1936, no Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro.
Nunca tiveram filhos. No ano seguinte, iniciou uma longa e fecunda carreira como cronista do jornal Correio da Manhã, de Paulo e Niomar Bittencourt.
Alguns anos depois, também começaria a escrever artigos para o jornal O Globo.
Aficionado pelo Botafogo, promoveu, como seu dirigente, a fusão entre os clubes de futebol e de regatas, em 1942, e foi vice-presidente do clube por três anos.
Era amigo de Juscelino Kubitschek, de quem escreveu muitos discursos, inclusive aquele que se tornaria famoso em que reagia aos ataques da oposição com a frase histórica: "Deus me poupou do sentimento do medo". Atuou como conselheiro financeiro do governo JK. Sendo também empresário bem-sucedido, Schmidt foi alvo de muitas investidas de oposicionistas que desejavam atingir o presidente. Desenvolveu atividades ligadas à exploração de minérios radioativos (por meio da empresa Orquima) e à distribuição de alimentos, sendo responsável pela criação da primeira rede de supermercados do Brasil, a Disco, inaugurada em Copacabana em 1952.
Foi ainda um dos sócios fundadores da Panair, empresa de aviação pioneira nos vôos internacionais e representante brasileiro na Operação Pan-Americana, delegado na Organização das Nações Unidas (ONU) e embaixador na Comunidade Econômica Européia.
Deixou mais de quinze livros, a maioria de poesia, sendo o primeiro, de 1928, "Canto do Brasileiro Augusto Frederico Schmidt", seguindo-se "Cantos do Liberto Augusto Frederico Schmidt". Outros de seus livros importantes foram "Estrela Solitária" (1940), "Fonte Invisível" (1949), "Aurora Lívida" (1958) e "O Caminho do Frio" (1964).
Publicou várias antologias, de poesia e prosa.
Em 1964, recebeu o prêmio de Intelectual do Ano da União Brasileira de Escritores, concorrendo com Carlos Drummond de Andrade.
Sua morte, em em 8 de fevereiro de 1965, na praia de Copacabana, é carregada de um simbolismo especial especialmente por ter sido na praia, bem perto do mar, presente em muitos dos seus poemas.
Ao morrer, já havia publicado mais de trinta livros, entre prosa e poesia, além de milhares de artigos espalhados em diversos jornais e revistas da época.
Por ocasião de seu falecimento, Schmidt era membro Jockey Club e Sociedade Hípica Brasileira, do clube Botafogo de Futebol e Regatas; da Associação Felipe D`Oliveira; era Presidente da Câmara de Comércio Brasil Israel. Também era sócio de inúmeras empresas, entre elas: S.A. Brasil-Canadá Com. e Imp. de Produtos Americanos, Sociedade de Expansão Comercial S.A., Ind. Soc. Anônima, Meridional Cia de Seguros de Acidentes do Trabalho, além de estar ligado à Orquima, Disco, Cia. Colonizadora Brasileira, Linho São Borja S.A., Berco Indústria Química Mineral, Rilsan Brasileira, Manufatura Nacional de Plástico e Comércio de Materiais de Construção – COMACO.
fontes: Fundação Yedda & Augusto Frederico Schmidt - Gazeta Mercantil/InvestNews