Rua Tenreiro Aranha, Copacabana, Rio de Janeiro 

A Tenreiro Aranha começa na Rua Siqueira Campos  ao lado da Estação do Metrô Siqueira Campos e é uma rua sem saída onde funciona o Centro Municipal de Saúde João Barros Barreto, ao lado da Estação Siqueira Campos.

Rua Tenreiro Aranha em Copacabana

Rua Tenreiro Aranha em Copacabana

Anteriormente conhecida como Travessa Trianon. Numa casa da Travessa nasceu o Maestro Tom Jobim.

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Latitude, Longitude : (-22.966499,-43.18650)

 CEP da rua Rua Tenreiro Aranha, Copacabana, Rio de Janeiro:

22031-090 Rua Tenreiro Aranha

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Restaurantes na Rua Tenreiro Aranha

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Quem foi o Tenreiro Aranha que virou nome de rua em Copacabana?

Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha, prosador e poeta, nasceu e faleceu no Amazonas. Nascido na vila de Barcelos, na então capitania de S. José do Rio Negro, Amazonas, a 4 de setembro de 1769 e falecido a 25 de novembro de 1811. Foi Alferes de milícias e diretor da vila de Índios de Oeiras.

Era filho do poeta Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha e de Rosalina Espinosa Solkman Tenreiro Aranha.

Bento Figueiredo exercia, em Belém, o cargo de escrivão vitalício da Alfândega, falecendo a 25 de novembro ded 1811 e deixando Tenreiro Aranha com apenas 13 anos.

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Rosalina ficou na pobreza, contando somente com o sítio Memória, resultado daí o apelido do menino de João da Memória. Com 14 anos Aranha prestou exame de matemática, além de se sair bem em aritmética, contabilidade e escrituração mercantil no Liceu Paraense.

Embarcado, na qualidade de escrivão, a bordo de uma escuna, numa de suas viagens, chegou ao Rio de Janeiro, onde pleiteou o emprego que o pai ocupara, pois a lei mandava dar preferência, por morte do serventuário, ao filho mais velho, quando competente, mas a vaga lhe foi negada. Decepcionado, largou o trabalho de escrivão e a escuna, voltando a Belém onde conseguiu o cargo de escrevente da Junta da Fazenda Real, em 1815. Em 1818, alistou-se no Esquadrão de Cavalaria, criado e organizado naquele ano pelo conde de Vila Flor, capitão-mor da capitania, na capital paraense. No Esquadrão foi de sargento a alferes, posto este confirmado por D. João VI.

Após 1822, a sociedade paraense se dividiu politicamente, parte contra a independência do Brasil; outra, a favor. Nessa ficou Tenreiro Aranha exonerando-se das funções de alferes e tendo resolvido, então, fundar um estabelecimento agrícola na Ilha de Marajó, quando foi convidado a ocupar o cargo de escriturário da Junta da Fazenda. Já estava casado com Emília Portal de Carvalho.

Devido às suas preferências políticas, que ele tornava públicas através dos jornais, começou a ser perseguido e escreveu: - Escapei de ser preso nessa ocasião, por haver quem por mim se interessasse junto ao poder despótico de Villaça, contudo era sempre apontado e vivia em risco por ter escrito e publicado algumas idéias a favor da causa do Brasil no Periódico Paraense, e sustentado com energia a eleição na Câmara - Por duas vezes, teve de fugir em pequeno barco à vela e a remo, para São Luiz do Maranhão, com sacrifício de saúde e dinheiro, a fim de não cair nas garras dos seus adversário.

Em 16 de novembro de 1831 foi reintegrado nas funções de escrivão da Mesa Grande da Alfândega e depois administrador da Mesa de Estiva, onde ficou até 1836, sempre servindo, devido ao seu conhecimento da coisa pública, em várias comissões de importância como as de comercio, industria, navegação e política. Ainda em 1832, sofrendo novas perseguições políticas, refugia-se nos Estados Unidos e depois no Rio de Janeiro, voltando a Belém em 1834, onde, depois de condenar o assassinato do presidente Lobo, novamente teve que fugir, outra vez para o Maranhão.

Já como inspetor da Alfândega, foi demitido e mandado ser preso pelo general André, em março de 1838 e posto em liberdade em 20 d maio, desde que seguisse par ao Rio de Janeiro a fim de responder a processo, o que ele obedeceu. Dois meses depois, porém, quando seguia para o Rio a bordo da charrua Carioca, soube que o processo contra ele deram em nada e fora novamente nomeado pela Regência como inspetor da Alfândega do Pará. Volta para Belém. De 1840 a 1849, Tenreiro Aranha foi ininterruptamente eleito deputado provincial. Nas legislaturas de 1848 e 1849, serviu na Assembléia Geral, como deputado pelo Pará, que, então, compreendia o Amazonas.

De todos os benefícios que prestou, nas duas Assembléias, são incomparáveis, pelo seu alcance político e econômico, o da elevação do Amazonas à categoria de província e do estabelecimento da navegação a vapor no Amazonas, este, apoiado por Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá), criador e incorporador da Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas. Sobre o fato, em 7 de novembro de 1849, apresentou a seguinte indicação: Indico que se dirija uma representação à Assembléia Geral legislativa, para que a Comarca do Alto Amazonas seja elevada à sua antiga categoria de Província.

Tenreiro Aranha dedicou-se também a magistério, tendo-se especializado em Contabilidade e Escrituração Mercantil, foi nomeado a 11 de fevereiro de 1841, para reger estas disciplinas no Liceu Paraense, função da qual se exonerou, em 11 de janeiro de 1844, por haver aceito ser Inspetor de Alfândega. Em 9 de novembro de 1846, concursado, foi nomeado para a cadeira de Geometria daquele estabelecimento de ensino secundário. Deixou a Alfândega, para a qual teria de voltar depois.

Afinal, em 1850, foi criada a Província do Amazonas, por Lei no. 582, de 5 de setembro, sendo Aranha nomeado seu primeiro presidente por decreto imperial de 7 de junho de 1851. A bordo do vapor Guapiassú, chegou a Manaus a 27 de dezembro de 1851, sendo recebido com festividade pela diminuta população da capital.

Levava numerosas pessoas, algumas das quais para seus auxiliares. A 1º. De janeiro de 1852, na Câmara Municipal, em sessão extraordinária e solene, assumiu o governo, instalando a província. Iniciou seu trabalho regulamentando os serviços públicos, baixando instruções para a arrecadação, fiscalização e escrituração das rendas provinciais.

Adotou o regulamento da Instrução Pública do Pará, enquanto elaborava outro mais adequado, e criou as repartições necessárias. Mandou explorar alguns rios, cuidando da sua navegação.

Tratou da catequese dos índios e da colonização. Arrumou um prédio para o Palácio do Governo e mandou fazer uma nova cadeia, além de começar a criar um núcleo de colonização agrícola e fabril.

Presidente da nova província, e ainda Deputado Geral, teve que descer a Belém numa canoa e dela seguir em navio para o Rio de Janeiro, para tomar parte do plenário da Assembléia, onde pretendia conseguir apoio para o seu governo, passando o cargo para o vice-presidente Manoel Gomes Correia de Miranda, em 27 de junho de 1852. Doente, regressou a Belém para se tratar quando a 31 de dezembro daquele ano recebeu o decreto de sua exoneração como presidente do Amazonas.

Reelegeu-se ainda para a Assembléia Provincial do Pará de 1856 a 1859 e, depois, tentou se candidatar ao senado, mas, numa lista tríplice enviado ao governo, foi escolhido Domingos Ferreira Pena. Aos 60 anos recolheu-se a vida privada. Dizem que enlouqueceu, vinda a falecer, vítima de um incêndio que irrompeu em seu dormitório, num subúrbio de Belém, em 19 de janeiro de 1861.

Sua obra poética, quase toda de inspiração arcádica, só viria a lume, depois de inúmeras peripécias, em meados do século XIX, quarenta anos após sua morte, reunida em volume póstumo, publicado em 1850, por seu filho João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha.

Nascido em Barcelos, a primeira capital da antiga Capitania do Rio Negro (posteriormente Amazonas), Tenreiro Aranha é personalidade obrigatória em qualquer antologia séria da poesia brasileira do período colonial, especialmente pelos sonetos "A Maria Bárbara" e "A Um Passarinho". Sua poesia é simples, com elementos árcades e barrocos, mas prenunciadora do Romantismo. É o primeiro artista autenticamente amazonense.

  • Aranha, Bento de Figueiredo Tenreiro Melizo, indyllio feito em Illustrissimo Senhor Martinho de Souza, e Albuquerque do Concelho de Sua Magestade, Governador, e Capitão General do Estado do Pará, indo à funcção que se fez no sitio de Mucurussá no anno de 1788, Por Bento de Figueiredo Tenreiro Lisboa Na Officina de Antonio Gomes MDCCLXXXIX 21 14 10

  • Aranha, Bento de Figueiredo Tenreiro Oração , ou breve discurso feito por occasião do felicissimo nascimento da Serenissima Senhora D, Maria Isabel, Infanta de Portugal, para se recitar nas casas de residencia do Doutor Luiz Joaquim Frota de Almeida, Juiz de Fóra da Cidade do Pará: offerecido ao Senhor José Gonçalves da Silva, Cavalleiro Professo na Ordem de Christo, Fidalgo da Real Casa, e Coronel de Milicias no Estado do Maranhão. Por Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha, natural da mesma cidade. Lisboa Na Officina de Simào Thaddeo Ferreira MDCCCVII 20 13 26

  • Com licença da Meza do Desembargo do Paço Aranha, Bento de Figueiredo Tenreiro Obras Litterarias de Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha, Natural de Barcellos, capital d'antiga Capitania do Rio Negro, agora Provincia do Amazonas que ao Senhor D. Pedro 2 º Imperador do Brazil,D. e O.

  • João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha filho do Autor. Pará Typographia de Santos e Filhos 1850 20 14 150 Blake: 1-397 Pará

  • Aranha, Bento de Figueiredo Tenreiro Obras Litterarias Amazonense de Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha 2 ª edição mandada reeditar pelo Estado do Amazonas durante a administração do Exmo. Sr. Coronel José Cardozo Ramalho Junior. Lisboa Typ. Da Companhia Nacional Editora MDCCCXCIX 23 16 148 Araújo, José Antônio de Sepúlveda Gomes e Fidelissimo regi nostro Josepho Pr

Soneto

À parda Maria Bárbara, mulher de um soldado,
cruelmente assassinada, porque preferiu a morte
à mancha de adúltera.

Se acaso aqui topares, caminhante,
Meu frio corpo já cadáver feito,
Leva piedoso com sentido aspeito
Esta nova ao esposo aflito, errante ...
Diz-lhe como de ferro penetrante
Me viste por fiel cravado o peito,
Lacerado, insepulto, e já sujeito
O tronco feio ao corvo altivolante:
Que dum monstro inumano, lhe declara,
A mão cruel me trata desta sorte;
Porém que alívio busque a dor amara
Lembrando-se que teve uma consorte,
Que, por honrada fé que lhe jurara,

À mancha conjugal prefere a morte. 

Na antiga Travessa Trianon, hoje, Rua Tenreiro Aranha, nasceu um músico chamado Antônio Brasileiro Jobim.

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